“Um quê de negritude” apresenta-se hoje no Teatro Tobias Barreto
Entretenimento 08/11/2011 17h01Por Fernanda Araujo
O grupo de dança “Um Quê de Negritude”, formado por 80 alunos do Colégio Estadual Atheneu Sergipense, fará uma apresentação no Teatro Tobias Barreto hoje, quarta-feira (9), às 19h. O grupo tem o objetivo de divulgar a história da cultura africana e afro-brasileira na sociedade.
Criado em 2007 pela professora do colégio, Clélia Ramos, baseado na Lei 10.639/2003 em parceria com a Secretaria do Estado da Educação (Seed), o projeto em sua 5º edição, é uma ação interdisciplinar que envolve professores de língua portuguesa, literatura, artes, história e geografia.
Segundo Clélia, durante a criação do grupo houve algumas dificuldades. “A princípio teve rejeição por parte de alguns alunos. Como era sobre a cultura afro, os alunos sentiam vergonha de dançar, mas depois foram participando, hoje eles querem aparecer, no bom sentido”, ironiza.
Além de sentir dificuldades financeiras, Clélia afirma que o surgimento do grupo foi por muitas vezes palco de preconceito. “Sentimos dificuldades em relação a mostrar a cultura, por causa do preconceito, até mesmo dentro da escola. Já cheguei a ser chamada de macumbeira e os alunos não se aceitavam como parte das origens africanas. E financeiras também, a cada ano há muitas barreiras para desembolsar o dinheiro para esse projeto que tanto necessita. Já senti desmotivação, mas a gente vence as dificuldades”, comenta.
Durante o espetáculo, o grupo fará uma retrospectiva da sua carreira, apresentando todas as coreografias criadas em seus cinco anos de existência. A apresentação do grupo também faz parte das comemorações do Novembro Negro, em homenagem ao mês do falecimento de Zumbi dos Palmares. O evento é voltado para aos alunos da escola e as secretarias do estado da educação e da cultura de Sergipe.
Para a professora, o projeto tem a importância de transmitir autoestima aos alunos e de exigir disciplina, responsabilidade e concentração. E critica a ação de algumas escolas e professores em não incluir nos estudos a história da África. “Não sei por que estudar a história dos Estados Unidos e de outros países e excluírem a história da África, o objetivo é mostrar a cultura do continente para o conhecimento da sociedade”, conclui Clélia.
Foto: Ascom / Seed
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