Por Míriam Donald

Sergipe Rugby Club joga primeiro amistoso neste fim de semana

Surgido em meados de 2007 e se consolidando em 2012, o time sergipano de Rugby, batizado com o nome ‘Sergipe Rugby Clube’, jogará seu primeiro amistoso neste sábado (15), às 14h, no chamado desafio ‘Cabra da Peste’ com o time alagoano ‘Cães de Areia’. O jogo será na Universidade Federal de Sergipe (UFS). A oportunidade surgiu da necessidade da realização de amistosos, onde os integrantes poderão garantir projeção ao esporte no estado.

Através do interesse e formação com apenas quatro jogadores que o Sergipe Rugby Clube foi conquistando espaço. O assistente técnico do time, Marcos Miranda, explica que os treinos iniciais não tinham muita periodicidade, porém, com o crescimento de adeptos, houve uma maior estabilidade.

“O time foi fundado oficialmente em maio de 2012 e hoje estamos em um total de 45 adeptos”. Com isso os treinos intensificaram. “Nós agora treinamos três vezes na semana”, diz.

Embora o Rugby tradicional seja composto de 15 jogadores em campo, nesse desafio, eles jogarão com sete integrantes em campo, ou seja, o mesmo que na modalidade olímpica, chamado de ‘Seven’. Como primeiro jogo disputado com time de fora, a expectativa e entusiasmos são grandes. “Não estamos ambiciosos para ganhar, pois o time alagoano joga há mais tempo e acredito que tenha mais preparo, mas iremos enfrentar, pois estamos treinando forte”, observa.

Questionado se recebem algum patrocínio ou suporte, Marcos diz que não, os custos dos equipamentos são arcados pelos próprios jogadores. Segundo ele, a maioria das empresas prefere patrocinar eventos, pois a visibilidade é maior. Ele ainda informa sobre o torneio da Liga Nordeste que acontecerá no próximo ano e para isso eles devem buscar apoio.

Quem também faz parte da história do Sergipe Rugby Clube é o ex-jogador e treinador, o japonês Takayuki Muramatsu (foto ao lado). Takayuki conheceu alguns integrantes que, certo dia em 2010, o viram jogando vestido em uma camisa de Rugby. “Eles me abordaram e perguntaram se eu sabia jogar Rugby, respondi que sim; eles me convidaram a treiná-los e eu aceitei ”, conta.

Como na época o time ainda era iniciante, a dificuldade era maior. Para Takaiuky,  o amistoso é uma chance que  servirá principalmente para identificar o nível do time e assim treinar com mais seriedade e perspectivas de melhoria.  

Daqui a duas semanas a equipe jogará o desafio baiano.

Entenda o Rugby

Com uma bola de formato oval, o jogo originou-se do futebol, porém jogado com as mãos onde o objetivo principal é marcar o maior número de pontos, mas terá que atravessar o campo até o lado adversário. Ele explica também que o jogador nunca deve passar a bola para frente, sempre para lateral ou para os lados.

Sobre as regras, destaca-se a linha imaginária da bola que separa os times, o ‘scrum’ que geralmente é usado após jogada irregular ou penalização, o ‘tackle’ ou placagem onde um jogador segura o adversário que estiver portando a bola, derruba-o no chão para tentar  retomar a bola.  Além disso há o ‘ruck’, onde o time adversário pode roubar a posse de bola e empurrar os jogadores adversários atrás da linha da bola.

Pontuação

Marcos explica que existem quatro formas de fazer pontos.  Há o ‘try’ onde o jogador se direciona ao outro lado até apoiar a bola no chão com uma das mãos, o que vale cinco pontos. A conversão, em que a equipe marcadora chuta em direção aos postes tentando fazer com que a bola passe por cima da trave e entre os postes da equipe adversária, o que vale dois pontos. O ‘drog goal’ é quando o jogador faz  o mesmo que na conversão, porém a bola deve tocar o chão e no retorno realizar um chute imediato. Já a penalidade decorre de uma falta onde o time pode tentar fazer um chute aos postes do local onde ocorreu o ato.