Senac lançará manual de xilogravura
Entretenimento 30/10/2012 10h40'Compartilhando Xilogravura', esse é o nome do manual técnico elaborado pelo xilógrafo, artista visual e professor de gravura do Senac, Elias Santos, que será lançado no dia 6 de novembro, às 19h30, na Galeria Álvaro Santos.
Segundo Elias Santos, o impresso visa contribuir para a ampliação da técnica de xilogravura junto aos alunos do curso de artes do Senac, além de novos xilogravadores, cordelistas, artistas, pesquisadores e leitores em geral.
Ao todo mais de 18 alunos e artistas exporão seus trabalhos, no período de 06 de novembro a 01 de dezembro, aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 08 às 18h, e aos sábados, das 09 às 13h, na referida galeria. O evento é uma realização do Senac, que conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Aracaju, Funcaju, Semear e Galeria Álvaro Santos.
O que é Xilogravura
Xilogravura vem do grego xilon(madeira) e graphein(escrita). É a técnica de multiplicar uma imagem tendo a madeira como matriz.
É feito um desenho em sua superfície e, com goivas, instrumentos cortantes, criam-se linhas e rebaixamentos para, em seguida, entintar com rolo de borracha as partes elevadas do entalhe. A imagem gravada é impressa sobre papel manualmente através de fricção com colher de pau ou com a prensa.
Breve Histórico
De forma lenta, mas gradativa, a xilogravura vem conquistando seu espaço no estado de Sergipe. Essa técnica chegou, certamente, como em outros estados do Nordeste, embalada pelo sucesso da cultura rica em cordel.
Nas décadas de 40 e 50, inúmeras xilogravuras foram produzidas para ilustrar os livretos de cordel, por Abdias Soares e Severino José, do povoado Marcação, atual General Maynard.
Já na década de 70, surge o artista estanciano Leonardo Alencar, que muito contribuiu para mostrar, naquele momento, que a pintura de cavalete era a principal forma de expressão visual, e que a xilo, mesmo impressa sobre delicados papéis, poderia ir além do que simplesmente reproduzir uma imagem.
Ainda nesta década, destaca-se o alagoano, Enéias Tavares, que produziu xilo em Sergipe, conhecido por suas séries de xilogravuras Farinhada, e T. Contiguiba, que gravou fragmentos da cultura ribeirinha de Propriá.
Nos anos 80 e 90, a xilogravura foi experimentada por diversos artistas:José Fernandes, Hugo Portela, Wanderley Silva, Wal Burga Arns, além de Jacira Moura e Kalvero.
Em 2005, com o Projeto Gravura de Inverno, a xilogravura consegue ampliar seu território através de oficinas, com o intuito de criar cadeias produtivas de xilogravadores nos municípios sergipanos. Desse modo, a iniciativa de concorrer em editais de arte como o BNB de cultura do Banco do Nordeste, FUNARTE e Ministério da Cultura, unindo forças com grandes parceiros como Senac, Sebrae, Sociedade Semear e Correios, contribuiu de forma significativa para o resgate e divulgação dessa técnica no estado.
Vale ressaltar algumas exposições que marcaram o trajeto desse projeto: Samba Coco e Gravura, Gravura Negra, A Cor da Gravura, Incisões no Tempo e Encontro de Dois Mundos: do Agreste ao Sertão, além de mostras coletivas como Múltiplos, na Casa da Xilogravura, em Campos do Jordão/SP, e Gravura em Circuito, realizada no Senac Sergipe.
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