Começa nesta quinta-feira (20), o Curta-SE Live Cinema, uma pequena mostra expositiva de performances audiovisuais. A partir do diálogo da arte com a tecnologia, o projeto transdisciplinar parte do território de experimentações para compor novas formas de criações em vídeo. 

Com o intuito de expandir e mesclar linguagens, a mostra gratuita é baseada na performance ao vivo, com a utilização de softwares de manipulação de imagem, som, dados e luz em tempo real, além de palestras e oficinas. A proposta é trazer trabalhos atuais que mesclam cultura, artes e novas tecnologias para difundir o conhecimento, oferecer oficinas de formação e ampliar o olhar sobre os conceitos e técnicas da linguagem audiovisual.  

O evento acontece no Centro Cultural de Aracaju (antiga Alfândega), localizado no Centro da capital sergipana, de novembro de 2014 a janeiro de 2015. Com o apoio do Fundo Nacional de Cultura, do Governo de Sergipe e da Prefeitura de Aracaju através do NPDOV, o Curta-SE Live Cinema tem a realização da Casa Curta-SE e do Ministério da Cultura / Governo Federal. As inscrições para as oficinas estão abertas até dia 21 de novembro.

Mostra Curta-se Live Cinema acontece em Aracaju

Programação Curta-Se Live Cinema

Oficinas (Centro Cultural de Aracaju)

26 a 28/11 - 09 as 17h  
Workshop de Web-game. Contos de Ifá: uma aventura afro-brasileira - Ricardo Ruiz e Ricardo Brazileiro (PE) 

Formulário de Inscrição: http://migre.me/mNLod

A plataforma descreve uma rica narrativa sobre a história dos Orixás, valorizando a cultura de matriz africana. Além, propõe metodologias para a promoção de laboratórios de construção e uso dos jogos em escolas da rede pública de ensino, buscando formar pensadores em tecnologia a partir da lógica do pertencimento com a afrodescendência e pela instrumentalização da comunidade escolar através da ludicidade.
 

26 a 28/11 - 09 as 13h 
Workshop Vídeo Experimental - Raimo Benedetti (SP) 

Formulário de Inscrição: http://migre.me/mNLpq

Através da prática em vídeo e o trabalho colaborativo junto às referências do Cinema Experimental os participantes as coloca em prática através de ações baseadas na improvisação, plasticidade e coletividade. O trabalho é de uma grande força poética está baseado em um processo de edição pessoal. Benedetti tem investigado as possibilidades poéticas do vídeo analógico usando para isto um sistema de edição low tech que criou e batizou de trakitana. Manipualda em tempo real a trakitana pode ser operada coletivamente por vários editores ao mesmo tempo sendo seu maior atributo a produção de imagens abstratas e distorcidas.
 

Performances (Centro Cultural de Aracaju)

20/11- 16h 
STORM - Luiz Duva (SP)
Storm é uma composição audiovisual apresentada em um espetáculo de improvisação multimídia que tem como tema o embate do ser humano com o desconhecido, seus limites e tentativas de transposição.

25/11 - 18h
Desligue é engano - Lucio Agra (SP)
Apresentação verbivocovisual de poemas escritos desde os anos 90 nos quais está implicado o uso de materiais visuais construídos a partir de gifs animados e programas precários. A fonte desses trabalhos é um laboratório de fracassos, comportamento idiossincrático e baixa tecnologia apresentada como o estado da arte. O artista executa voz e música livremente improvisada em um ato simultâneo, buscando confundir as duas formas e as cabeças do público.

11/12 - 16h
Lunáticas (P1) - Luiz Gustavo Vianna (BH)
Lunáticas é uma obra áudio visual “ao vivo”, de um músico-performer acompanhado por seu cenário-filme. O resultado desta construção, ou seja, deste contraponto sonoro-visual, é uma curiosa sinergia, nascida da parceria de um músico-pintor-programador e seu computador pessoal. Composta a partir de uma pintura (Lunáticas 3), que domina toda esta “1a parte”, ela é acompanhada pela dura sonoridade de um violino “elétrico”, terminando com uma improvisação com wii-motes. Com uma natureza fluída (não há apoios harmônicos ou rítmicos definidos), e processamento de sons e imagens a partir de loops e suas progressões, este percurso de ações (da música e sua “partitura”, e do computador e sua programação) propicia uma inevitável forma de composição: os contrapontos sonoro-visuais.

12/12 - 16h
Lícia na Orla das Maravilhas - Carolina Berger (Madame CB) - (SP)
Lícia, uma libertária e nômade cortesã contemporânea, alter ego performático e personagem literário criado por Madame C.B., vem de corpo e alma reconectar a humanidade com as energias da natureza. Em sua “Orla das Maravilhas”, ela fala de suas viagens por mundos do bom fluir e da purificação. Com a força e a coragem das mitológicas divindades da água doce e de água do mar, ela vem dialogar sobre o universo do bom vibrar, combater toda forma de preconceito, agressão e padronização da feminilidade, e proclamar palavras de muito amor, liberdade, e inquietação tropical. Depois de muita estrada, costeando orlas de várias partes do mundo, Lícia quer celebrar um ritual muito respeitoso ao corpo, com infindável libido pelo viver. E ela tem uma audaciosa proposta para fazer ao público. Indômita e certa de suas intenções, ela adverte: a performance é um ritual de libertação e requer respeito e entrega do público à sagração que será celebrada! O ritual performático enfatiza o elemento água a partir do estudo de diferentes mitologias, e a representação da personagem é baseada divindades femininas.

19/01 - 18h
Grafitti Digital - Ygor Marotta e Cecília Perez
VJsuave é um Duo de artistas visuais que cria performances multimída, compondo poesias visuais animadas com pequenas narrativas e efeitos sonoros que interagem com os espaços arquitetônicos. Alguns trabalhos são estruturados para espaços abertos, ou simplismente para rua, itinerantes e de acesso para público de todas as idades. O trabalho visual de Vjsuave é carregado delicadesa, sutileza e mensagens de bondade, respeito, carinho e amor. Dialoga especialmente com referenciais visuais e de novas tecnologias que permeiam o universo dos jovens. Graffiti Digital é realizado a partir da criação de um desenho em base eletrônica e de sua projeção. Neste processo temos a singular interação entre criação do desenho, tecnologia e arquitetura, permitindo a criação uma nova plataforma de arte que transforma as paredes projetadas em obras de arte itinerantes. Chamado também de "projeção urbana" ou "desenho com luz" o graffiti digital é usado por muito artistas ao redor do mundo para gerar desenhos e animações em escala aumentada. É digital porque no lugar de utilizar tinta se utiliza luz, e o desenho criado pode ser animado em tempo real, permitindo assim o improviso do artista.

INCARNAR – Experimento em Instalação/Vídeo Performance, idealizado pelo Coletivo Axonial - (SE) 

O Experimento Incarnar surge a partir do encontro de bailarinas, artistas visuais e músicos, configurando o Coletivo Axonial. O experimento em vídeo performance, propõe a reflexão corporal, psíquica e cênica: Como você se vê nessa carne no mundo? Atentando para a questão de colocar o corpo a disposição de um experimento de afetação mutua entre o estado de presença cênica e o público. Pulsões e movimentos. O vídeo "Incarnar" revela o primeiro momento em que o grupo se afina na imersão cenográfica e sonora da instalação, levando para o formato audiovisual confluindo a partir de um grupo artístico de múltiplas linguagens o Incarnar segue Experimentando suas diferentes interfaces.
 

Mostra de Filmes Luso-Brasileiros (Cinema Vitória)

09/12 - 14h 
Filmes 
Prêmio Competição AVANCA – animação / AVANCA 

“FOI O FIO”, de/by Patrícia Figueiredo (Portugal)
Menção Especial AVANCA – documentário / AVANCA 
“MAMÃS DE PAPELÃO”, de Nuno Cristino Ribeiro /Angola (35 min)
“Meu amigo Nietzsche” de Fáuston da Silva | Brasil (15 min)
Prêmio Curta-SE 13

Fonte: Assessoria de Comunicação

Foto: Divulgação