Cine Vitória recebe o longa "A Serena Onda que o Mar me Trouxe"
Obra é assinada por diretor que integra a comissão de seleção do Oscar 2025 Entretenimento 02/09/2024 13h00Em uma viagem pela sua própria história, o diretor capixaba Edson Ferreira chega à Aracaju para a exibição do seu longa-metragem A Serena Onda que o Mar me Trouxe. O filme será exibido nos dias 05, às 18h15, e 09 de setembro, às 14h30, no Cine Vitória, na Rua Demétrio Ribeiro, 1085, Centro da capital sergipana, e traz uma visita o passado do pai de Ferreira, o redescobrimento de sua própria história e a da sua família.
A primeira mostra oficial do filme aconteceu em Porto Alegre, em setembro de 2023, ao participar da quarta edição do Festival de Cinema Negro em Ação. De acordo com o diretor, este é o seu primeiro filme a fazer parte do circuito comercial, ou seja, estará em cartaz nas salas de cinema que tenham registro na Ancine. “O Serena é muito especial porque é o meu primeiro filme a ter distribuição comercial. Ele está inaugurando uma etapa fundamental na minha trajetória profissional, depois de 20 anos de carreira”, comemora Ferreira.
Além da capital gaúcha, o filme já passou por Maceió, Vitória, João Pessoa e Salvador. O longa-metragem é distribuído pela Borboletas Filmes, uma produtora e distribuidora de conteúdo audiovisual, voltada também para realização e gestão de projetos culturais, com expertise em temáticas identitárias. “É muito gratificante circular nacionalmente com filmes que tratam sobre as nossas vivências enquanto indivíduos negros. E poder concretizar esse sonho dos realizadores, de chegar comercialmente em salas de cinemas no Brasil, é algo espetacular”, destaca a também cineasta e diretora da Borboletas Filmes, Camila de Moraes.
Sobre o diretor
Edson Ferreira tem mais de 20 anos de experiência como ator, roteirista e cineasta. Dirigiu os longas Areia (2024), A Serena Onda que o Mar me Trouxe (2023) e Entreturnos (2014), quando se tornou a primeira pessoa negra a dirigir um longa-metragem de ficção no Espírito Santo, estado onde reside. Também realizou diversos curtas, séries e videoclipes. É fundador da Filmes da Ilha Produções. Membro da Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) e da Academia Brasileira de Cinema, integrando a Comissão de Seleção do Oscar 2025.
“A Serena Onda Que o Mar me Trouxe” é o primeiro filme do diretor distribuído comercialmente, com bilheteria, o que é muito emblématico, não só para o diretor, mas para o cinema negro brasileiro, que também vem buscando espaço nas salas comerciais de cinema.
“Este processo de mudança veio com a morte do meu pai. Comecei a olhar mais para dentro de mim, a me ver com meu pai. E, nesse processo de revisitar o meu íntimo, fui atrás de histórias dele. Esta busca pela história do meu pai revelou um homem ainda mais completo, porque comecei a olhar a história do meu avô, em Aracaju. E aí vi os links do meu avô com meu pai, do meu pai comigo e o meu com o meu filho mais velho, Arthur, que é cineasta também e, inclusive fisicamente, muito parecido com o meu pai. Então, este elo de ancestralidade, este percurso de descoberta foi muito potente e importante”, conclui o diretor.
A Serena Onda que o Mar me Trouxe é uma produção Filmes da Ilha, dirigida por Edson Ferreira e com distribuição da Borboletas Filmes. Os recursos são da Lei Paulo Gustavo, via Edital da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult-ES), direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal.
Fonte: Assessoria de Imprensa