Biblioteca desenvolve projeto de contar histórias
Entretenimento 20/03/2015 09h25Contar histórias. Uma arte existente desde os mais remotos tempos da humanidade, e que passada de geração, perdura até hoje. Desde 1991, o Dia 20 de março passou a ser a data em que se parabeniza esses artistas que apresentam diariamente um “novo mundo” para aqueles que ouvem suas histórias. Com esse intuito, a Biblioteca Infantil Aglaé Fontes Alencar (Biafa), desenvolveu o Projeto permanente “1,2,3...Era Uma Vez”.
Segundo a diretora da Biblioteca Infantil, Cláudia Stocker, a contação de histórias é o “carro-chefe” da Biafa, e para que essas atividades sejam desenvolvidas com frequência, a participação dos contadores é imprescindível. Ela contou que, essa parceria existe há oito anos de forma voluntária, seja na própria Biafa ou nos encontros dos contadores realizados anualmente, por isso, como forma de agradecimento a esses artistas, a Biblioteca está realizando a Semana do Contadores. Para Cláudia, a contação de histórias é encantadora para as crianças, principalmente para aquelas que estão começando no mundo da leitura. Segundo ela, “através da contação e dos contadores elas começam a se interessar mais, e essa magia da arte de contar histórias é muito importante nesse processo de incentivo à leitura”.
A escritora e contadora de histórias do grupo Prosarte e do grupo Hannah, Telma Costa, uma das pioneiras no estado na arte de contar histórias, foi uma das homenageadas nesta semana. Além de desenvolver seu trabalho na Biafa, Telma também apresenta sua arte nos hospitais da capital. Ela conta que, toda vez antes de iniciar a história, faz um pequeno relato sobre a importância da contação, para desenvolver nos jovens o interesse tanto na leitura, quanto na arte de narrar. “Quando sou convidada a contar histórias para os adolescentes de lá, eu tenho que adaptar a história, só que antes falo da importância dela. Para ser contador, você pode ser um médico, pode ser um psicólogo, um advogado, um palestrante, são várias possibilidades, uma coisa não anula a outra, pelo contrário, contribui”, disse.
A contação de história não é privilégio só dos profissionais da área, pelo contrário, no dia a dia todos nós realizamos um pouco desta arte. Geralmente, o primeiro contato que a criança tem enquanto ouvinte é no ambiente familiar, através dos tios, avós, e na maioria das vezes, da mãe. O último destes casos exemplifica como a introdução ao mundo da leitura, dada no berço familiar pode influenciar no início de paixão por essa arte. Zezinho Colares, contador e membro do grupo Hannah, e mais um dos homenageados pela Biblioteca, contou que a vontade de se tornar um contador de histórias surgiu ainda na sua infância, quando sua mãe, dona Diná Chaves contava histórias com temáticas infantis para ele e seus 13 irmãos, a admiração pela área foi se desenvolvendo e fez com que Zezinho se tornasse um dos maiores contadores do estado de Sergipe.
Para ele, é de fundamental importância que exista um órgão que se interesse pelas crianças, pois através da leitura elas são incentivadas a participar de atividades que irão enriquecer seu futuro. “A história, a música, são dons divinos, que encantam a criança, e a partir daí, a criança ganha mais tranqüilidade, uma condição de começar a pensar a vida de uma forma mais lúdica, mais interessante para um futuro mais ameno”, falou.
Desenvolver nas crianças o interesse pela leitura foi o principal fator com que fez Fátima Beatriz Colares, membro do grupo Hannah, iniciar suas atividades enquanto contadora de histórias. Segundo ela, para atrair uma criança para o mundo da leitura, é necessário conquistá-la. “Pra você conquistar uma criança, basta despertar nela esse mundo da fantasia, da criatividade. O amor pela leitura vem depois disso. Um bom professor, um bom contador de história tem que ter essa arte” relatou.
Assim como em outras atividades desenvolvidas pela Biblioteca Infantil, a Semana dos Contadores é aberta ao público. Na tarde de ontem, os alunos das escolas Monsenhor Moreira Lima e da Escola Municipal de Nossa Senhora do Socorro estiveram presentes para prestigiar e se encantar com a contação.
Para Adenoalda de Carvalho, coordenadora da Escola de Nossa Senhora do Socorro, as histórias são capazes de levar as crianças para um novo mundo, despertando nelas a fantasia e a criatividade. Ela relata que atividades como estas são fundamentais para o desenvolvimento das crianças, principalmente para aquelas que não têm tantas oportunidades.“Na comunidade em que essas crianças estão localizadas, há muitos casos de violência, e trazendo essa fantasia nós ajudamos a desenvolver esse mundo mágico, um mundo de pessoas mais humanas. O amor é capaz de modificar as pessoas, e é essa a nossa maior intenção, incentivando a leitura e a criatividade, porque cada uma delas tem suas habilidades, elas só precisam de oportunidade e incentivo”, frisou.
Fonte: Secult
Edcássio, grupo Cangaceiros do Sertão e Cissy Freitas animam a noite
Atrações sergipanas também fazem parte da programação na Orla de Atalaia
Livro-reportagem de Franciele Oliveira expõe a brutalidade policial e os desafios dos direitos humanos no Brasil
Duda e os Aracajueirinhos será gravado no dia 26 de novembro
Apresentação ‘Brasil e suas origens’ será realizado no Teatro Tobias Barreto