Artista gloriense percorre Brasil com exposição Teimosia da Imaginação
Abertura acontece no Rio de Janeiro nesta quinta-feira Entretenimento 13/06/2012 18h03Por Sílvio Oliveira
Após passar por São Paulo, a exposição “Teimosia da Imaginação” chega ao Rio de Janeiro a partir desta quinta-feira (14) e fica em cartaz até 5 de agosto. A exposição traz obras do artista sergipano Cícero Alves dos Santos, o Véio (65), e de outros nove artistas tidos como populares. A abertura será às 18h30 e contará com a presença do sergipano, além da curadora Germana Monte-Mór.
Com patrocínio do Ministério da Cultura, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (iphan) e da Associação dos Amigos do Paço Imperial, a exposição pretende levar ao público uma sensação de franqueza, liberdade e frescor de invenção, ao mesmo tempo que levanta a questão de como se pode definir a arte contemporânea hoje, revelando artistas tidos como de periferia e os colocando no centro do palco.
Além de apreciar as peças, o visitante também assiste aos documentários sobre a criação das esculturas e sobre os artistas e tem também a oportunidade de observar toda a arte em livro, ou seja, a mostra reúne três manifestações artísticas em um só local simultaneamente.
Véio e suas formas
Véio trabalha com troncos “fechados” e “abertos”, que são inteiramente talhados para ganharem representação. Entre as mais famosas, estão mobiliários, esculturas e estátuas, retratando as histórias do povo sertanejo, com seus misticismos, lendas e lutas relacionadas à natureza.
Assim como muitos de seus conterrâneos, o escultor recebeu seu nome em homenagem a Padre Cícero. Já o apelido surgiu porque ele gostava muito de escutar as conversas das pessoas mais velhas. Autodidata, Véio admirava a cultura popular desde criança, quando começou a executar suas primeiras peças em cera de abelha. A relação intensa com seu meio fez o artista criar, ao lado de seu ateliê, localizado em Nossa Senhora da Glória (SE), um “Museu do Sertão”.
Muitos dos objetos recolhidos no museu testemunham o embate do homem do campo com a natureza. São chapéus de couro, utensílios domésticos, máquinas rústicas, roupas e acessórios que fazem parte da vida do sertanejo.
Véio tem um acervo de mais de 17 mil peças de diferentes materiais. A maior delas chega a 10 metros de altura.
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