Sergipe é o estado que menos desempregou no nordeste
Economia 26/07/2015 12h25Por Marcio Rocha
Dentre os nove estados que compõem a região Nordeste do Brasil, Sergipe foi o estado em que o desemprego menos avançou no mês de junho deste ano. O comportamento do emprego formal no mês que encerra o primeiro semestre foi de queda de -149 vagas em todas as atividades da economia.
De acordo com dados do CAGED, estudados pela Fecomércio Sergipe, Sergipe ficou atrás dos dois estados que registraram elevação no número de empregos, Maranhão e Ceará, ocupando a terceira posição, sendo o primeiro dos estados restantes, Piauí, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia. Em termos território-proporcionais, Sergipe sofreu menos desligamentos. Alagoas, estado com similar situação territorial, sofreu queda de -1.646 postos de trabalho. O pior desempenho da região Nordeste foi do estado da Bahia, que registrou -9.124 trabalhadores.
O saldo de empregos no Comércio e Serviços em Sergipe foi de -354, sendo -204 no Comércio e -150 no setor de serviços. O setor que liderou o volume de baixas nos postos de trabalho, mais uma vez, foi a Indústria de Transformação, que sofreu redução de -242 vagas. O Comércio Varejista demitiu -165 trabalhadores e o atacadista registrou -39 vagas. No setor de Serviços, o ramo de administração de imóveis foi o que mais demitiu, com -205 vagas. Os serviços terceirizáveis registraram alta de +137 novos trabalhadores, diminuindo o impacto no setor. Já a Agropecuária começa a se recuperar e registra um saldo positivo de +614 trabalhadores no mês de junho.
No período corrido dos seis primeiros meses do ano, Sergipe mantém um saldo negativo de -6.176 postos de trabalho. A setor de Agropecuária mantém a liderança, com -3.423 vagas, a Indústria segue em segundo com -1.174 trabalhadores, o comércio fechou o semestre com -882 trabalhadores, a Construção Civil fecha o período com -704 vagas e a Administração Pública teve -141 baixas. Já os setores de Serviços Industriais de Utilidade Pública e Serviços fecharam o semestre em saldo postivo, com +147 e +114 vagas, respectivamente.
O comportamento do emprego formal no setor de serviços, no mês de junho, apresentou saldo negativo (-150). Este foi o segundo mês que o setor apresentou fechamento de postos de trabalho. No ano, o saldo de empregos é positivo, com +114 postos de trabalho criados e em 12 meses +1.881.
O setor do comércio voltou a apresentar saldo negativo na geração de postos de trabalho. Em junho, foram desligados 204 trabalhadores. No ano, o comércio já acumula um saldo negativo de -882 postos de trabalhos fechados e em 12 meses já são -1.373 trabalhadores desempregados no comércio.
O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (ICEC), divulgado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), mostra que em junho houve uma variação positiva de 0,6% em relação ao mês de maio, apesar do índice mostrar que a intenção de confiança dos empresários apresenta resultados negativos ao longo do ano, com quedas recorde nas vendas em 2015 e níveis de estoque elevados.
Para o presidente da Fecomércio-SE, Laércio Oliveira, a alta da inflação, a queda da renda familiar e o receio da população em efetuar compras, estremecendo o volume de vendas, são os principais fatores que levaram à retração no número de empregos em Sergipe.
“Com a inflação alta, o país fica mais caro, a renda das famílias diminui e estas passam a consumir menos, afetando assim o volume de vendas no Comércio. A desaceleração da economia já afetou o setor de serviços, que até então era o grande gerador de mão de obra. São vários indicadores ruins”, comentou.
Laércio, entretanto, acredita que o quadro não está tão desanimador quanto antes. O presidente da Fecomércio acredita que as ações que estão sendo tomadas para garantir a preservação dos empregos, em nível macroeconômico e as intenções da federação em desenvolver medidas que estimulem o comércio e garantam a proteção dos empregos, podem ajudar a reverter o quadro atual.
A situação é ruim, no entanto, dias melhores virão. O Governo Federal lançou o Programa de Proteção ao Emprego, para impedir a desaceleração no mercado de trabalho. A medida é vista como positiva para a Fecomércio, pois evitará a perda de postos de trabalhadores. A Fecomércio está também trabalhando para realizar ações e enfrentar a crise econômica que está afetando os negócios em Sergipe”, ponderou o presidente.
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