Para se livrar da dívida do cartão de crédito, não o use
Contador mostra como juros transformam dívida em bola de neve Economia 02/04/2013 11h15Por Elisângela Valença
Sim, este é o conselho do contador Alaelson Cruz (foto abaixo). “Se você não tiver muita disciplina e controle, não tenha cartão de crédito”, acrescenta o contador, que já se viu emaranhado em dívida de cartão.
Começo de ano é a época em que o brasileiro percebe como bagunçou o orçamento com Natal, Ano Novo, férias. Junte a isso impostos, matrícula, material escolar e a bomba está completa.
Quando a fatura do cartão chega com um valor estratosférico, a maioria pensa que a saída é pagar o valor mínimo, que corresponde a cerca de 20% do valor da fatura. “O problema é que as administradoras de cartão cobram cerca de 12% de juros em cima do restante da fatura. No fim, o valor mínimo não serviu para muita coisa”, explica Alaelson.
Para visualizar a bronca, é só fazer uma conta simples. Se a fatura é de R$ 1.000 e você paga o mínimo de 20%, você paga R$ 200 e sobram R$ 800 para o mês seguinte. A administradora vai cobrar 12% em cima de R$ 800, o que equivale a R$ 896. “Só que ainda vão entrar as parcelas já feitas nas compras. Se for um valor de R$ 1.000, sua fatura será de R$ 1.896”, explicou. “E se você não pagar a fatura cheia, serão mais 12% em cima do que sobrar da fatura atual”, acrescentou.
Segundo o contador, o cartão de crédito é muito caro. “O ideal é procurar uma forma de financiamento mais barata, com juros menores, como o crédito consignado, que tem uma taxa de juros de 1% a 2% ao mês”, disse.
Para se livrar das dívidas, é preciso um trabalho de ‘desintoxicação’. “O cartão de crédito é um vício. E não adianta querer encerrar dívidas fazendo novas compras. Então, quebre os cartões e procure ajuda”, afirmou. “Essa ajuda pode ser um financiamento com juros mais baratos ou, de preferência, alguém que possa te emprestar o dinheiro para você pagar sem juros”, orienta o contador.
Parcelar a fatura do cartão junto com a administradora é outra enrascada. “Bancos e administradoras de cartão trabalham com juros abusivos. Na hora de parcelar, eles colocam juros em cima de juros e muitas vezes você continua sem saída”, disse. “Enquanto a taxa básica de juros do país, a Selic, é menor que 10% ao ano, o cartão de crédito cobra 12% ao mês”, acrescentou.
Saúde econômica
De acordo com o contador Alaelson Cruz, para ter uma vida financeira saudável é preciso ter disciplina. “Planeje o orçamento e não saia dele. Disciplina e autocontrole são fundamentais”, orienta. “E isso serve tanto para juntar dinheiro, como para sair das dívidas. Neste último caso, disciplina é mais que imprescindível”, afirmou.
Outra sugestão do contador é nunca fazer compras de consumo imediato com o cartão de crédito. “Combustível, feira, supermercado, entre outras coisas jamais devem entrar no cartão de crédito”, disse.
Outra dica é avaliar as formas de pagamento. “Se você tem o dinheiro para pagar à vista, mas este mesmo valor vai para o cartão de crédito, pague no cartão e aplique o dinheiro numa caderneta de poupança ou alguma aplicação que faça o dinheiro render”, explicou.
Pagamentos vão até o dia 6 de dezembro
Volume de recursos congelados subiu de R$ 13,3 bi para R$ 19,3 bi
Sindpese atribui alta às oscilações no mercado internacional e à política de reajustes semanais
Dados da Pnad mostram que o estado é 5º com maior redução da taxa de desocupados
Sergipe apresentou taxa de desemprego de 8,4% neste trimestre, de acordo com PNAD