Encontro Nordestino do Setor de Leite traz novidades para Sergipe
Economia 06/11/2014 20h30Por Tíffany Tavares
Foi aberta nessa quarta-feira (05) a décima-segunda edição do Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados (Enel) no Centro de Convenções de Sergipe (CCS), em Aracaju (SE), com objetivo de aproximar os diversos elos da cadeia produtiva do leite (produtoes rurais, fornecedores, indústrias de derivados, queijarias artesanais, laboratórios de análise e mercado) e proporcionar troca de informações, disseminação de tecnologia e geração de negócios. O Enel segue até esta sexta-feira (07).
Um dos destaques da XII Enel foram as novas tecnologias utilizadas para melhorar a qualidade e o monitoramento do leite nas regiões rurais. O consultor técnico do Instituto Biosistêmico (IBS) José Álvaro de Alencar Maia (foto abaixo), explica que a finalidade é trazer formas de tornar as inovações mais acessíveis desde o grande ao pequeno produtor.
O IBS trabalha levando desenvolvimento tecnológicos para o meio rural, como fazendas de leite em parceria com o Sebrae. Leva-se tecnologia ao campo, com o preço acessível custeado pelo Sebrae
Maia explica que existem as seguintes tecnologias: “Temos Laboratório de Leite (Vaca Móvel), um carro bem equipado, que faz análise de leite, para averiguar a qualidade, densidade, bactérias, etc. Com isso, auxiliamos o produtor a atingir metas maiores de produção e qualidade, de acordo com as realidade de sua propriedade rural".Outra tecnologia é o Rufião Móvel, que trabalha com a ultrassonografia no rebanho para fazer um controle reprodutivo. E por fim o Criatf, programa de Inseminação por Tempo Fixo. "
Atualmente seria muito difícil e dispendioso chegar ao pequeno produtor e com a ajuda dos parceiros conseguimos chegar a um preço bem acessível com a mesma chance para qualquer produtor, seja ele grande ou pequeno”, afirmou Maia.
O consultor acrescenta que essas tecnologias já existem no Brasil. "Apenas de conseguimos concretizá-las em meios que dificilmente conseguiriam fazê-las".
Segundo ele, em Sergipe, o destaque do trabalho do IBS é com ovinos, pela grande demanda no Estado.
Outra novidade é a miniusina de leite, um projeto itinerante, trazido ao Enel pela primeira vez em Aracaju, pelo Governo de Minas Gerais, por intermédio da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Governo de Minas Gerais (Epamig).
A coordenadora de Transferência e Tecnológica da Epamig, Luiza Carvalhais Albuquerque (foto ao lado), explica que a empresa viaja por todo o Brasil com dois propósitos. O primeiro é a promoção de cursos nos quais são ensinadas técnicas para a fabricação de produtos derivados do leite, como queijos, bebidas lácteas, iogurtes, num ambiente todo envidraçado para o público assistir aos cursos.O outro foco é de caráter social. "Trazemos o produtor rural até nós e mostramos que em um pequeno espaço, com pouco maquinário, investimento consideravelmente pequeno, entre 35 e 40 mil reais, pode-se fazer uma mini indústria, ou uma miniusina produzindo diversos tipos de produtos como leite, queijo, iogurtes, bebidas lácteas, leites aromatizados. Com isso, ele agrega valor ao seu produto e aumenta a qualidade de vida, aumenta a renda familiar”, disse.
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