Empresas buscam crédito para ampliar negócios
Presidente do CDL estima crescimento do consumo no final de ano Economia 22/08/2011 14h00Por Márcio Rocha
Com a proximidade do final do ano, as empresas estão buscando mais crédito para estimular o público a comprar mais. Não apenas presentes, mas bens que sejam de utilidade para si próprios. O comércio sergipano está buscando ampliação do mercado para fazer circular um volume maior de recursos nos meses finais, quando as pessoas tendem a fazer mais compras. A expectativa de crescimento do volume de negócios no mercado brasileiro é de 8%. Samuel Schuster, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Aracajua (CDL), acredita que o comércio sergipano terá um impacto positivo, seguindo o volume de crescimento do país, o que significa mais receita corrente no mercado, que resulta em mais emprego e renda para os sergipanos.
F5News - As empresas estão buscando mais crédito para este final de ano, de que maneira os empresários usam esse crédito solicitado?
S.S. - As empresas sempre buscaram crédito para se manterem e sobreviverem. Geralmente esse crédito e utilizado para capital de giro, compra de matéria prima, renovação de estoque e financiamento para modernização da loja.
F5MNews - O capital adquirido com o crédito serve apenas para a compra de mercadorias ou pode ser aplicado em recursos humanos e administrativos, para um melhor funcionamento da empresa?
S.S. - Não, não serve apenas para a compra de mercadorias, que é fundamental para manutenção do negócio. No entanto, o capital adquirido em crédito serve para vários sentidos: para a operação da loja propriamente dita, para aplicação necessária em recursos humanos, qualificação e treinamento de pessoal, além da modernização do estabelecimento, a exemplo da compra de novos equipamentos, informatização e outros itens importantes quanto à competitividade para estar sintonizado com os avanços do segmento e do mercado.
F5News - A demanda por mercadorias importadas pode prejudicar o mercado neste final de ano?
SS - Depende muito do segmento em que a loja está inserida. Se for loja que tenha produtos que concorram com os importados, dependerá do preço estabelecido da mercadoria para fazer frente a estes produtos. No caso de supermercados, por exemplo, eles adquirem os importados que estão competindo com os produtos nacionais, bebidas é um deles. A escolha recairá para o cliente, que terá o direito de optar pelo produto que melhor lhe convém.
F5News - Como o senhor avalia o comércio pela internet, visto que este retira receita do mercado local e leva não apenas o consumo, mas a tributação para outros estados?
SS - Na realidade esse é um tipo de comercialização nova no mercado, que tem experimentado um bom crescimento, mas que tem a ver com o tipo de produto que é ofertado ao cliente. Se for um produto que o cliente possa comprar pela internet com segurança, ele é realmente prejudicial ao comércio local, na medida em que a loja perde o cliente e o Estado perde receita.Entretanto, o Confaz, Conselho de Secretários de Estados da Fazenda, já estuda medidas para tributar essas compras no destino final, o que melhoraria receita e criaria concorrência saudável para os produtos existentes no comercio local. Por exemplo, CDs, DVDs, livros são produtos comprados hoje na internet que prejudicam o comércio local.
F5News - Há uma expectativa de quanto poderá ser movimentado no mercado interno sergipano nos próximos meses com o aquecimento das vendas?
SS - As projeções econômicas indicam que o comércio brasileiro, o varejo, deve experimentar um crescimento este ano da ordem de 8%. Tenho certeza que o comércio sergipano deverá acompanhar essa tendência e teremos uma boa movimentação de recursos até o final do ano, fechando positivamente 2011.
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