A Catho, uma das maiores empresas especializadas em intermediar contratações de empregadores a candidatos, forneceu ao F5 News dados exclusivos sobre a procura e oferta de vagas no aplicativo para Sergipe. 

Conforme o levantamento da Catho, feito a pedido do portal, as áreas ligadas à informática apresentam o segundo maior percentual de vagas de emprego disponíveis no estado, com 28% do total. As atividades relacionadas à Administração vêm em primeiro lugar, com 40%. 

O dado mais singular fornecido pela Catho, porém, é a disparidade entre a oferta de vagas no setor de informática - 28% do total - em relação à procura dos candidatos por esse ramo de atuação profissional: apenas 2%.

Possíveis explicações

Na prática, conforme mostra a empresa, há muito mais oportunidades de emprego no campo da informática do que pessoas aptas a ocupá-las.  

F5 News buscou explicações para esse cenário com o professor Luis Otávio Santos, do Instituto Federal de Sergipe, mestre em Ciência da Computação pela UFS, doutorando em Mecatrônica pela Universidade Federal da Bahia e pesquisador na subárea Robótica.

Ele acredita que as dificuldades em uma das disciplinas mais desafiantes para a maioria pode justificar essa lacuna em qualificação. “A área de tecnologias computacionais exige formação base em matemática e raciocínio lógico, se tornando, às vezes, critério de exclusão quando da procura por formação na área em questão, ainda que existam atualmente ferramentas que agregam e facilitam o aprendizado em computação”, afirmou ao portal.. 

Luis Otávio Santos ainda chama a atenção para a velocidade dos avanços no segmento e enfatiza a necessidade de especializações. “Para qualquer área de atuação é importante, para o domínio de uma informação precisa, disponível em qualquer tempo,e segura", disse ao F5 News.

"A necessidade de formação de qualidade e específica é uma realidade urgente no atual século, destacando a especialidade em Inteligência Artificial, responsável por grande parte das respostas das robustas tecnologias que consumimos”, completa.

Estagiária sob supervisão da jornalista Monica Pinto