Custo da energia elétrica deve se manter estável nos próximos 5 anos
Projeção foi feita por consultor durante workshop na FIES Economia 28/07/2015 14h50Por Fernanda Araujo
O cenário atual do setor elétrico no país não é, nem de longe, dos mais animadores. A crise e seus efeitos sobre as tarifas de energia estão obrigando os consumidores a sentir o peso no bolso. Este ano, o sergipano já teve um aumento de 18,74% na conta de luz (um em fevereiro e outro em abril), isso sem contar o aumento da bandeira tarifária que muda a cada mês, dependendo do custo para produção de energia.
Para o consultor em energia elétrica da LSP, em Brasília, Fernando Umbria (à direita), o efeito dessa tarifa aos consumidores será em médio prazo. A expectativa é de que até os próximos quatro ou cinco anos não haja variação. “Até 2021 não vai haver grandes alterações nas tarifas, deve ser mantido, se tiver não será reduzido, mas pode aumentar caso haja necessidade, depende dos reservatórios e dos sistemas elétricos”, explicou no Workshop, sobre a crise no setor e os impactos, realizado na Federação das Indústrias de Sergipe (FIES).
E o aumento da tarifa não prejudica, apenas, os consumidores residenciais, mas também as indústrias e, por incrível que pareça, as próprias distribuidoras de energia. “Se aumenta a tarifa gera inadimplência dos consumidores, consequentemente perdemos capital de giro, e as empresas caem na inadimplência também. Os custos permanecem os mesmos. Há meios simples de economia de energia que é reduzir gastos”, avalia o presidente da Energisa, Jaconias Aguiar (abaixo).
Segundo ele, existe uma segurança do abastecimento em todo o país, no entanto, todos devem economizar. “O fato de ter uma usina com mais condição ou menos não afeta uma ou outra distribuidora. O sistema de energia é interligado. No Sul as usinas estão na ordem de 90% e no Nordeste com 27% de reserva, não quer dizer que no Sul tem mais energia do que aqui. Sob essa ótica não tem interferência na distribuição de energia para Sergipe”, diz.
Redução do consumo
Cerca de 70% da energia gerada no país é oriunda do Sul, Sudeste e Centro Oeste. Em Sergipe, essa contribuição é feita pela usina de Xingó. O engenheiro Murilo Andrade (abaixo), responsável pelo setor de consultoria de eficiência energética do Senai, afirma que é possível reduzir o consumo e custos. “Um dado da CNI indica que existe um potencial de redução de consumo da indústria brasileira em torno de 25%, tomando medidas de eficiência energética tanto na análise tarifária quanto para a parte de equipamentos, investindo em equipamentos mais eficientes e bem dimensionados”.
“Se diminui o consumo, não precisa estar com necessidade de gerar mais energia hidrelétrica ou termoelétrica, que hoje está em pleno funcionamento e é poluente. A energia eólica e solar é um caminho, porém, no Brasil estamos bem atrasados nisso, principalmente a solar que é cara. M
as a nossa costa tem bastante área para que isso possa se expandir”, avalia.Para os empresários, as contas dobraram desde o ano passado. Em 2012, uma medida provisória do governo baixou as tarifas de energia, ação que para os especialistas foi sem nenhum preparo e gerou um efeito cascata no decorrer dos anos. “O país teve uma expansão muito grande de energia, só que nossa geração não foi expandida como se deveria, para agravar mais ainda, estamos tendo essa crise hídrica, o que gerou esse advento de aumento de energia que ao empresário, hoje, está sendo muito oneroso e gerando demissões de funcionários para compensar esse aumento. Sem contar que a energia de 50% ou mais das indústrias é o insumo principal e com isso se perde competitividade”, lamenta Murilo Andrade.
Fotos: Fernanda Araujo/ F5 News
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