CNI: novo aumento dos juros deve aprofundar recessão
Juros básicos sobem pela sétima vez seguida e vão a 14,25% ao ano Economia 30/07/2015 08h02O reajuste da taxa Selic – juros básicos da economia – para 14,25% ao ano deve aprofundar a recessão, criticou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em comunicado, a entidade considera que as taxas mais altas vão ter impacto sobre o investimento, o consumo e o capital de giro das empresas.
“A elevação da taxa de juros básica da economia de 13,75% ao ano para 14,25% retrairá ainda mais a atividade industrial. Os juros altos encarecem o capital de giro das empresas, inibem os investimentos e desestimulam o consumo das famílias”, informou a entidade.
A CNI defendeu a manutenção da austeridade fiscal e a adoção de medidas que estimulem a competitividade para destravar a indústria.
“Em função da forte desaceleração da economia, a política monetária não deveria ser o único instrumento utilizado para controlar os preços. Para a CNI, é preciso combinar uma política fiscal austera com a adoção de medidas pró-competitividade para estimular o investimento e a gradual recuperação da atividade econômica”, destacou o comunicado.
Aumento
Pela sétima vez seguida, o Banco Central (BC) reajustou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou ontem (29) a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 14,25% ao ano. Na reunião anterior, no início de junho, a taxa também tinha sido reajustada em 0,5 ponto.
Com o reajuste, a Selic retorna ao nível de outubro de 2006, quando também estava em 14,25% ao ano. A taxa é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em comunicado, o Copom indicou que os juros básicos devem ficar inalterados daqui para a frente. "O comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016", destacou o texto.
Fonte: Agência Brasil
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