Aracaju continua apresentando cesta básica mais barata
Economia 04/06/2012 10h09Por Sílvio Oliveira
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que Aracaju (SE) continua registrando a cesta básica mais barata entre as 17 capitais analisadas, com o valor de R$ R$ 199, 26. Para que o trabalhador consiga obter o conjunto de itens alimentícios, deverá cumprir uma jornada de trabalho de 70h 29 min e comprometer 32,4% do salário mínimo líquido. Em maio, mês da pesquisa, não houve alterações expressivas nos preços dos produtos da cesta básica em Aracaju.
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica mostra que houve alta no valor do conjunto de produtos alimentícios essenciais em Recife (7,12%), Fortaleza (6,91%), Salvador (4,74%), Goiânia (4,69%) e João Pessoa (4,14%). As duas localidades onde houve retração nos preços foram Florianópolis (-1,01%) e Brasília (-0,90%).
Mais uma vez, São Paulo foi a cidade com a cesta mais cara, onde os produtos básicos custaram em média R$ 283,69. Em segundo lugar aparece Manaus, localidade em que os gêneros essenciais custaram R$ 272,86, valor semelhante ao apurado para Porto Alegre (R$ 272,45) e Vitória (R$ 271,16). Os menores custos foram encontrados em Aracaju (R$ 199,26), João Pessoa (R$ 225,94) e Salvador (R$ 228,25).
Salário mínimo e jornada de trabalho
Para estimar o valor do salário mínimo necessário, o Dieese leva em consideração o maior custo para o conjunto de itens básicos. Para adquirir a cesta básica, o trabalhador que recebe o salário mínimo precisou cumprir, em maio, na média das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento, uma jornada de 88 horas e 21 minutos, contra 85 horas e 53 minutos exigidos em abril. Frente à jornada necessária em maio de 2011, o tempo é bem inferior, já que então atingia 95 horas e 16 minutos.
Quando a relação é feita com o salário mínimo líquido - após o desconto da parcela correspondente à Previdência - verifica-se que o trabalhador que ganha o piso comprometeu, em maio deste ano, 43,65% de seus vencimentos com a compra da cesta básica, percentual pouco maior que o exigido em março, de 42,43%, mas bem inferior ao comprometido em maio do ano passado, de 47,07%.
Foto: Sílvio Oliveira
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