Vazamento: Não há previsão para limpeza da área afetada
Adema avalia impacto ambiental da mancha de óleo na praia de Jatobá Cotidiano 17/04/2018 13h00 - Atualizado em 18/04/2018 16h06Por Saullo Hipolito*
A equipe técnica da Subgerência de Projetos de Atividades da Cadeira do Petróleo (Supap) da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) continua realizando análises detalhadas, desde o último sábado (14), nas proximidades do Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB), na região da praia de Jatobá, município de Barra dos Coqueiros. O laudo final da Adema é aguardado para determinação do valor da multa para a empresa responsável.
De acordo com a técnica ambiental Caroline Guerra, houve o lançamento de um efluente com borra oleosa no mar pelo emissário da empresa Mosaic, que é destinado ao lançamento de salmoura (solução de água saturada de sal) no mar. Essa solução teria sido contaminada com uma quantidade de água óleosa proveniente da Petrobrás, que chegou aos diques da empresa com uma concentração de óleo superior. Sem a apuração devida, a salmoura contaminada chegou à praia com o movimento da maré.
Para o diretor presidente da Adema, Francisco Dantas, mensurar o impacto no meio ambiente é impossível neste momento. “Havia uma perspectiva de ter sido atingida uma área menor, nesta terça-feira (17) temos a informação que a área cresceu para quase dois quilômetros. Nós temos que aguardar a conclusão de todas as atividades para que tudo volte a normalidade, com praias limpas, interrupção do despejo de óleo ao mar, e a partir daí, dimensionar o prejuízo”, disse.
Ainda segundo o representante da Adema, a área de lazer será perdida por um bom tempo. A vida marinha no local deve ter uma atenção redobrada, não houve constatação até o momento de grupamento marinho afetado com o derramamento de óleo na localidade. Após o primeiro balanço, a Administração Estadual do Meio Ambiente executará as medidas administrativas que a situação requer.
De acordo com Caroline, um acompanhamento está sendo realizado pela equipe da Adema, com o objetivo de verificar a extensão da praia atingida (atualmente são 1.900 metros) pelo composto derivado de petróleo e até ser constatada a ausência de óleo na praia essas ações vão continuar.
Sabe-se que a empresa Mosaic será multada, mas, segundo Dantas, não há previsão para a definição do valor. Será aguardado o conjunto dos problemas ambientais com o derramamento deste óleo para que então se tenha uma resposta.
Nesta manhã aconteceu uma reunião do Plano de Área de Sergipe com representantes de órgãos ambientais, Petrobrás, Capitania dos Portos e instituições ligadas ao Meio Ambiente. O propósito é levantar um plano de ação para atuar em situações emergenciais, como a ocorrida no último sábado, além de envolver todos os órgãos no caso atual.A equipe de reportagem do F5 News procurou a empresa Mosaic e a Petrobrás para respostas sobre o caso.
Em Nota a Mosaic disse que "está comprometida com a limpeza e a identificação das causas do incidente. Juntamente com a Adema e a Petrobras, a Mosaic Fertilizantes continua monitorando a área, principalmente a movimentação da maré, para avaliar a necessidade de realização de novos esforços de limpeza. A empresa segue empenhada para a total resolução da situação o mais breve possível e reforça seu compromisso com funcionários, comunidades e meio ambiente nas regiões onde atua".
* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araújo.
Fotos: Adema
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