Por Adriana Meneses

SSP e Fapitec criam núcleo para pesquisas científicas

No final da manhã desta quarta-feira (10), a Secretaria de Segurança Pública (SSP),a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), a Secretaria de Desenvolvimento Social (Seides), a Fundação Renascer e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) assinaram um termo pioneiro no Estado criando a Núcleo de Análises e Pesquisas em Políticas Públicas de Segurança e Cidadania (Napsec).  

O termo tem como objetivo a cooperação, a implementação de ações conjuntas que assegurem a realização de estudos e pesquisas aplicadas em violência, criminalidade e cidadania, principalmente a respeito de temas concernentes às políticas públicas de segurança pública.

De acordo com o presidente da Fapitec, Ricardo Santana, o termo de cooperação tem como finalidade a apresentação de projetos por parte da comunidade científica que visem responder a perguntas em seis linhas de pesquisa distintas e de crucial importância para a sociedade sergipana.

A primeira linha de pesquisa diz respeito aos crimes  violentos não letais intencionais (homicídios, latrocínio e lesão corporal seguida de morte); seguido de Análise quantitativa e qualitativa dos dados sobre armas de fogo apreendidas em Sergipe; Prevenção da violência e criminalidade entre adolescentes e jovens em Sergipe: estratégias de atuação; Perfil dos presos no Estado de Sergipe; Análise de sistema educacional implementado junto aos menores infratores em Sergipe e a mortalidade por acidentes de trânsito no Estado.

A operacionalização será feito através do Núcleo de Analises e Pesquisas em Políticas Públicas de Segurança e Cidadania (NAPSEC), o qual irá ceder operadores de segurança pública de Sergipe e também estagiários a fim de viabilizar à elaboração de estudos, analises e projetos de pesquisas.

Segundo o secretário João Eloy, em 2010 foram presas em Sergipe 6 pessoas por dias, em média; além de um aumento de mais de 400% no número de apreensões de armas de fogo e drogas. No entanto, contrariando todas as expectativas, a linha dos crimes contra a vida subiu ao invés de cair. “Precisamos dos dados destas pesquisas para saber o porquê que os homicídios aumentaram e com isso focar o nosso trabalho na redução desse tipo de crime”, explicou.

Ainda de acordo com João Eloy com os estudos acadêmicos aprofundados acerca de fenômenos que contribuem para o aumento da criminalidade, a administração pública estadual irá definir e executar um planejamento, através de uma ação interdisciplinar para diminuir a incidência de crimes, sobretudo os homicídios que vem crescendo em todo Nordeste.

Foto: Allan de Carvalo - Ascom/SSP