Sergipe: Conheça duas histórias inspiradoras no tratamento do câncer de mama | F5 News - Sergipe Atualizado

Fé no caminho
Sergipe: Conheça duas histórias inspiradoras no tratamento do câncer de mama
Medidas preventivas à doença não se limitam ao Outubro Rosa, mas a todos os meses
Cotidiano | Por Monica Pinto 08/11/2024 06h00


O Outubro Rosa acabou e, por mais que seja válido lembrar as medidas preventivas ao câncer de mama nesse período, intensificando as orientações, a verdade é que esses cuidados são recomendados ininterruptamente – ou seja, em todos os meses do ano. A doença, se diagnosticada no início, tem muito maiores chances de cura, e seus efeitos, assim, se tornam menos devastadores físicamente, para as pacientes, e emocionalmente, extensivo às respectivas famílias.

Para marcar a importância da prevenção, F5 News ouviu duas mulheres que viveram essa desafiadora experiência, de idades e perfis diversos, assim como seus estágios de tratamento: a psicóloga Kalina Lins, 45 anos, e a aposentada Iara Moreira de Oliveira, de 72 anos.

Elas compartilham, porém, iguais bases para o fortalecimento diante do processo de tratamento do câncer, em geral longo: a fé e a positividade. Em comum também ambas se embeberam de fartas doses de aceitação daquela realidade, por mais difícil que fosse ficar diante das inseguranças quanto ao futuro. Confira.

Kalina Lins disse ao F5 News que tomou um choque quando confirmou seu quadro. “Por mais que você desconfie, ao escutar o diagnóstico, você sente”, relatando sua estratégia de enfrentamento – “No entanto, a primeira coisa que veio à cabeça foi aceitar a doença, busquei ajuda psicológica e nunca deixei de acreditar em Deus. A fé é o que me move”, disse a psicóloga ao portal.

Ela registra ainda que a força da cura nasceu principalmente do fato dela ter dois filhos - “Esperei o momento certo para falar do diagnóstico para minha família e mantive a minha rotina com ela”.

Movida a fé e pragmatismo, Kalina Lins se preparou. “Antes de iniciar o tratamento, busquei ajuda com uma nutricionista oncologista, mudei meus hábitos alimentares e fiz uso de suplementação, o que me ajudou muito nessa etapa, porque desinflamei meu organismo para receber a carga da droga para matar o câncer”, relata.

A escolha de passar por essa experiência com as maiores doses de confiança e serenidade possíveis foi bastante natural para Kalina, que via em cada tratamento e sessão de quimioterapia uma concreta esperança de cura. “Eu sempre acreditava que cada gota iria me salvar; manter o pensamento positivo nessa hora foi fundamental para mim”, disse ainda ao F5 News, fazendo, porém, uma ressalva: “Não estou romantizando a quimioterapia, estou falando que, se encararmos de frente a doença e o tratamento, tudo fica melhor”.

A jornada de enfrentamento à doença rendeu à psicóloga aprendizados marcantes, que se cristalizaram em seu modo de viver e de encarar a realidade. “Aprendi que precisamos aproveitar melhor a vida, que não vale a pena ficar estressada com coisas que não valem a pena, porque tudo passa. E a aproveitar cada momento com minha família e amigos e ser feliz”, disse ao F5 News.

Quanto à prevenção do câncer de mama, mote do Outubro Rosa aqui reforçado, Kalina Lins reafirma as orientações médicas consagradas mundialmente: “Não deixem de fazer os exames anuais - ultrassonografia e mamografia -, façam o autoexame, se toquem, mantenham uma alimentação saudável com menos açúcares, gordura e conservantes. Amem-se e sejam felizes”.

Cuidados contínuos

A aposentada Iara Moreira de Oliveira, de 72 anos, teve o diagnóstico de câncer de mama em 2007 e agiu rápida e firmemente. “Apesar de um grande choque, minhas decisões foram imediatas. No dia seguinte, procurei o meu médico e após três dias foi marcada a cirurgia do quadrante”, contou ao F5 News.

O processo do tratamento incluiu quimioterapia oral e 32 sessões de radioterapia. “Não foi nada fácil, tive queimaduras locais, mas sempre confiante que tudo iria passar”, disse ainda Iara ao portal.  

Após sete anos de aparente cura, em 2014, uma nova batalha se apresentava em sua vida: metástase óssea, que demandou tratamento de quimioterapia venosa e, posteriormente, oral. “Isso já por 10 anos. São dias difíceis, mas também agradeço por outros dias melhores”, diz Iara.

Ela sintetiza seus principais aprendizados nesse caminho de busca de qualidade de vida e de fomento à positividade, mesmo enfrentando cenário a demandar atenção ininterrupta, assim como cuidados sistemáticos e igualmente contínuos. “Nesse período de 16 anos de tratamento, agradeço a cada dia vivido, por não ter tido depressão. Sei que não se tem a cura, mas temos tratamento. É entregar nas mãos de Deus. E viver intensamente”, ensina.

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