Sergipe ainda não tem casos confirmados da variante Delta
Resultado de amostras enviadas para FioCruz deu negativo para a variante indiana Cotidiano | Por F5 News 24/08/2021 17h32O Lacen também realizou uma triagem com 100 amostras, mas não encontrou suspeitas de variante indiana.
“Esse resultado que recebemos hoje tomou por base 30 amostras enviadas para Fiocruz, no início de agosto, sendo que 26 foram selecionadas de forma aleatória e quatro de pacientes com caso inusitado com suspeita da variante Delta, porém nenhuma apresentou resultado positivo”, confirma a gerente do laboratório de Biologia Molecular, Gabriela Vasconcelos Brito Bezerra.
De acordo com ela, de março de 2020 até agosto de 2021, o Lacen já encaminhou 389 amostras para sequenciamento genômico. A escolha das amostras segue o critério de alta carga viral, contato com caso confirmado ou circulação em áreas críticas de circulação da variante de preocupação. “O sequenciamento genético é importante para acompanhar a evolução do vírus e identificação de potenciais novas variantes”, explica Gabriela.
No cenário atual, Sergipe confirma a detecção de 12 linhagens do coronavírus, as mesmas do restante do Brasil: P.1; P.2; B.1 e B.1.1.33, sendo encontradas duas variantes de interesse em circulação, a Gamma (brasileira) e a Alfa (britânica).
Delta
No Brasil, até 17 de agosto, foram identificados 1.051 casos da variante Delta em 15 estados e no Distrito Federal. A cepa é considerada mais transmissível que as anteriores.
O novo relatório epidemiológico da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) revelou que a variante Delta já é a dominante em todo o mundo, sendo identificada em quase 90% das amostras sequenciadas, mas isso não é observado no Brasil.
Segundo a diretora do Centro de Desenvolvimento Científico (CDC) do Instituto Butantan, Sandra Coccuzzo Vessoni, o avanço da vacinação e a própria variante Gama (P.1.) podem estar barrando a disseminação da Delta no país, cujo epicentro, por enquanto, é o Rio de Janeiro.
As vacinas contra a variante
Segundo o Ministério da Saúde, todos os agentes imunizantes disponíveis para aplicação no Brasil são eficazes contra a Delta, principalmente nas formas mais graves da doença. As vacinas também possuem eficácia para as outras variantes, como a Alfa, Beta e a Gama.
Para algumas vacinas, como AstraZeneca e Coronavac, a tendência é que as reações sejam mais leves na segunda aplicação. Para a vacina Pfizer, especificamente, ela tem um pouco mais de reação adversa na segunda dose, mas ainda assim são eventos leves e autolimitados”, diz o médico infectologista Victor Bertollo.
“Mesmo vacinada, a pessoa ainda corre o risco se infectar com a variante Delta, mas a tendência é que ela tenha a forma mais leve da doença. Além disso, as vacinas reduzem muito o risco de a pessoa ter a forma mais grave da doença e vir a precisar ser internada, precisar de UTI ou mesmo morrer pela Covid-19”, alertou.