Saúde segue com vigilância laboratorial para monitorar vírus oropouche em Sergipe | F5 News - Sergipe Atualizado

Prevenção
Saúde segue com vigilância laboratorial para monitorar vírus oropouche em Sergipe
Trabalho faz parte da investigação de arboviroses, doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos
Cotidiano 20/08/2024 11h28


Por causa da semelhança dos sintomas com a dengue, chikungunya e zika, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen), iniciou no segundo semestre de 2023, a ampliação diagnóstica para arbovírus, com a inclusão da febre oropouche e a febre de mayaro. Desde então, foram realizadas 286 análises para febre oropouche, correspondente ao período de outubro de 2023 a maio de 2024, sendo todas com resultados negativos. Já nos meses de junho,  julho e agosto deste ano, a unidade realizou mais de 800 análises, sendo 19 casos positivos.

Para garantir a correta vigilância laboratorial de agravos em saúde, o Lacen destaca a importância das medidas de prevenção, controle e diagnóstico a serem adotadas para o risco da circulação do vírus Oropouche (Orov) no estado. As orientações, contidas em nota técnica, visam a padronização dos procedimentos em serviços de saúde públicos e privados sempre que o paciente atender à definição de caso suspeito da enfermidade. O trabalho faz parte da investigação de arboviroses, doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos.

O superintendente do Laboratório Central, Cliomar Alves, explicou que a medida adotada pelo Lacen, referente ao diagnóstico diferencial das arboviroses, tem como intuito assegurar a ampliação da vigilância laboratorial. “Através desse trabalho, conseguimos alinhar respostas ágeis e em tempo oportuno, para tomada de ações nas esferas das vigilâncias, bem como fortalecer as políticas públicas no estado de Sergipe”, ressaltou.

Diagnóstico laboratorial
A febre oropouche é uma arbovirose causada pelo vírus Orov da família Bunyaviridae, transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides Paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. 

Devido à similaridade das manifestações clínicas, o diagnóstico de infecção provocada pelo arbovírus da febre do oropouche, só é possível por meio da utilização do painel RT-PCR em tempo real ou isolamento viral em amostras de pessoas com sintomas compatíveis com zika, dengue e chikungunya (ZDC), cujo resultados foram liberados como não detectáveis, ou seja, negativos para a presença de RNA viral de zika, dengue e chikungunya.

Cuidados
Os sintomas da oropouche se assemelham aos da dengue e chikungunya, como febre, dor de cabeça e dores nas articulações. Caso a pessoa apresente qualquer sintoma, o recomendado é procurar um serviço de saúde mais próximo da residência.

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