Reféns começam a ser liberados, mas mães de presos temem “pancadaria”
Cotidiano 16/04/2012 11h16Por Mirella Mattos
Enquanto os detentos do Complexo Penitenciário Advogado Jacinto Filho (localizado no bairro Santa Maria) começam a liberar os reféns, as suas mães, do lado de fora, aguardam receosas desde a tarde do domingo (15) o desfecho da rebelião.
“O que eu tenho medo é do depois. Quando libertarem todos os reféns, quando a imprensa for embora. Acho que eles vão apanhar muito depois”, é o que acredita a idosa identificada como Rosimeires, que tem um filho e um genro na unidade.
Ainda em estado de choque, outra mãe, Elenilde Pereira, cujo filho cumpre pena no presídio há um ano e quatro meses, em meio a lágrimas diz não suportar mais a situação e também teme pelas represálias que podem advir. “Não é porque estão presos que têm que ser tratados que nem bicho. Isso que eles estão reclamando existe, dos banheiros entupidos, da galinha sempre crua, mas eu como mãe tenho medo é da pancadaria”, desabafa.
Maus tratos
Outro ponto é destacado pelas mães: os maus tratos a que são submetidas durante a revista nos dias de visitação. Além de mulheres adultas serem apalpadas por agentes, o mesmo tratamento também seria dispensado a crianças, inclusive as de colo e as agressões, muitas vezes, ultrapassam a violação dos corpos e acontecem também verbalmente.
“É uma humilhação muito grande vir ver um filho e ter alguém apalpando você, fazendo você agachar várias vezes para ver se não tem nada preso na vagina, espremendo a barriga da gente. Até as crianças são revistadas desse jeito”, declara Elenilde.
“Não é porque umas entram com drogas que todas têm que pagar. A gente aqui, do lado de fora, é de bem, se a gente não fosse também estávamos presas; então a gente merecia ser tratada com mais respeito. A gente não pode nem chorar durante a revista, se a gente chora as agentes debocham e mandam a gente voltar para casa”, diz Rosimeires.
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