PRF recomenda demissão dos agentes envolvidos no caso Genivaldo
O documento recomenda a suspensão de outros dois agentes, por 32 e 40 dias Cotidiano | Por F5 News 03/08/2023 16h32A Polícia Rodoviária Federal, através do relatório disciplinar que apurava a morte de Genivaldo de Jesus Santos, recomendou a demissão dos agentes envolvidos em sua asfixia por fumaça em uma viatura na cidade de Umbaúba, em maio de 2022.
O processo administrativo disciplinar (PAD) tem mais de 13 mil páginas e foi encaminhado ao Ministério da Justiça na noite dessa quarta-feira (2).
O documento recomenda, além das três demissões, a suspensão de outros dois agentes, por 32 e 40 dias, o processo considera que eles preencheram o boletim de ocorrência sem a devida transparência sobre o caso.
Caso Genivaldo
No dia 25 de maio de 2022, Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi morto após ser abordado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por pilotar uma motocicleta sem uso de capacete. O caso ocorreu na BR-101 no município de Umbaúba, no sul de Sergipe.
Genivaldo foi imobilizado e preso no porta-malas de uma viatura durante ação truculenta dos policiais. Após prendê-lo na viatura, os agentes jogaram um dispositivo que emite fumaça dentro do porta-malas e continuam pressionando a porta, impedindo a saída da vítima.
A PRF confirmou o uso de gás lacrimogêneo durante a ação. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
A vítima não apresentava nenhum tipo de perigo aos policiais, não estava armada, não tinha passagem pelo sistema prisional e fazia tratamento para esquizofrenia.