Presos se rebelam no presídio do Santa Maria
Situação está sem controle no presídio Antônio Jacinto Filho Cotidiano 15/04/2012 17h54Por Márcio Rocha
No início da tarde deste domingo, um grupo de presos custodiados no presídio Antônio Jacinto Filho, no bairro Santa Maria, tentou escapar da cadeia e se rebelou. Os detentos conseguiram acessar a sala de armas do complexo penitenciário e se apoderaram de várias armas de fogo e não-letais.
Informações a respeito da rebelião são conflitantes. De acordo com duas fontes policiais que estão no local, a rebelião dura mais de cinco horas e uma pessoa foi morta nas dependências do presídio, que é considerado de segurança máxima. Os rebelados estão com cerca de dez reféns sob seu poder. Também houve fuga, informações dão conta que cerca de cinco presos fugiram da penitenciária.
Quase todo o policiamento ostensivo de Aracaju foi destinado para o presídio Antônio Jacinto Filho, inclusive, o policiamento do estádio Lourival Batista, que estava destacado para acompanhar o jogo de futebol desta tarde. O clima no presídio está tenso.
Uma fonte da Secretaria de Segurança Pública que se encontra no presídio afirmou que são apenas três reféns que estão sob poder dos presos. Negou que tenha havido fuga de presos e disse que não há mortos ou feridos na penitenciária. A Polícia Militar está fazendo o trabalho de contenção da rebelião e todo aparato para resgate de feridos está disponibilizado. A polícia cerca o presídio para evitar que outros pavilhões sejam tomados pelos rebelados.
A reportagem do F5 News está em deslocamento para o presídio, de onde trará mais informações.
Atualização às 20h24
Já no presídio, F5 News levantou que os presos reivindicam melhor tratamento e condição de convivência; o fim dos espancamentos que ocorrem em suas dependências; que as mulheres sejam revistadas de maneira mais respeitosa, além de melhorias na qualidade da alimentação e o fim do isolamento como medida punitiva.
A rebelião está sendo negociada por intermédio de uma comissão, da qual fazem parte o negociador da PM, capitão Marco Carvalho, e o coronel Maurício Yunes, do Comando de Operações Especiais (COE), sob a liderança do comandante do Policiamento Militar da Capital, tenente-coronel Enilson Aragão, e com participação de representantes das Secretarias de Segurança Pública e da Justiça.
Cerca de 300 policiais cercam o presídio neste momento. Estão sob o domínio dos rebelados três agentes penitenciários, algemados, e mais de 100 pessoas das famílias dos detentos, que se recusam a sair da prisão, mesmo liberadas pelos presos.
Informações colhidas dão conta de que alguns presos foram espancados pelos membros da rebelião. O armamento que estão utilizando é não letal, mas há suspeitas de que possam existir também armas de fogo em suas mãos, entre elas três escopetas. Os rebelados se encontram na parte superior da instalação gritando palavras de ordem.
Muita gente se aglomera às portas do presídio, em busca de notícias de parentes, num clima bastante tenso. O secretário de Segurança João Eloy se encontra no local, em reunião com autoridades policiais articulando as estratégias para gerenciar a crise.
No momento, está descartada a hipótese de invasão pela polícia.
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