Terminou no início da tarde desta quarta-feira (08) o julgamento do soldado da Polícia Militar Bruno Campos Fernandes de Souza, acusado de matar um colega de farda, o soldado Alysson Farias de Souza, em agosto de 2010, na orlinha da Coroa do Meio, em Aracaju (SE). O militar foi condenado a 13 anos e 26 dias de reclusão.

Policial Militar acusado de matar colega de farda é condenado a 13 anos

Durante o julgamento foram ouvidas quatro testemunhas arroladas pelo Ministério Público e mais cinco da defesa. Uma das testemunhas, Vanderlei Borges Alves, que estava ao lado da vitima quando tudo aconteceu, narrou os fatos com riqueza de detalhes. E afirmou, assim como outras duas testemunhas, que o soldado Alysson não efetuou nenhum disparo, versão contestada pela defesa.

Presidido pela juíza da 8ª Vara Criminal, Soraia Gonçalves Melo, o julgamento começou às 9h da manhã da terça-feira (07) e durou mais de 24 horas.

A defesa sustentou a tese de que a ação do militar foi em legítima defesa, contudo o júri popular acatou a denúncia do Ministério Público.

Relembre

A confusão entre os militares aconteceu no dia 28 de agosto de 2010, no estacionamento da Orlinha da praia da Coroa do Meio, em Aracaju (SE), onde acontecia um show do cantor Newton Pyter. De acordo com o processo, o soldado Alysson estava com amigos ao lado de um carrinho com isopor, que pertencia a uma vendedora ambulante de bebidas. Ao chegar, Bruno teve dificuldade de estacionar, por conta desse isopor, que estaria impedindo a passagem. Alysson teria tentado ajudar, dizendo que dava para passar, eles discordaram e começou a discussão - primeiro com palavras de baixo calão, depois com intimidação, até que foram ouvidos os disparos. Alysson foi alvejado e morreu no local. Um outro PM, identificado como cabo Macedo, foi atingido na altura das nádegas e encaminhado ao hospital.