PMs deixam as ruas para fazer faxina e cuidar de cães
Segundo Amese, do efetivo de 5 mil PMs, apenas 1,4 mil estão nas ruas Cotidiano 08/08/2011 10h50Por Jaime Neto
Presidente da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese), sargento Vieira denuncia a falta de policiais militares para a realização da segurança do Estado. Atualmente com um efetivo geral de cinco mil policiais, a estimativa dele é que, na prática, apenas 1.400 realizem o trabalho de policiamento ostensivo, nas ruas.
De acordo com denúncias feitas pelo presidente da Amese, a situação se complica a cada mês, visto que a vários policiais se aposentam, deixando um verdadeiro buraco na companhia. “Só em 2011 já se aposentaram cerca de 300 pessoas, sendo que, agora em agosto, mais 100 policias deixarão a companhia. O último concurso foi realizado em 2005, desde então o efetivo vem diminuindo gradativamente. Outro detalhe apontado diz respeito aos policias que estão em desvio de função, deixando de fazer a segurança nas ruas para servir café, cuidar de cachorro, cavalo e até fazer a faxina das companhias.”, declarou.
O estopim dessa situação surgiu após a informação de que cinco policiais militares estariam fazendo a segurança dentro da Assembleia Legislativa, local que já possui uma empresa de segurança contratada especificadamente para assegurar bem parlamentares e servidores. Segundo o vice-presidente da AMESE, sargento Edgard Menezes, cerca de mil policiais, atualmente, trabalham em desvio de função.
“Sergipe possui cinco mil policiais militares, sendo que deste número temos os que estão em desvio de função, os que estão de férias, folga, em processo de aposentadoria e de licença especial. Se analisarmos bem apenas dois mil policiais estão na ativa, e deste número cerca de 400 estão trabalhando dentro de delegacias, em todo o estado, realizando um papel que deveria ser do policiamento civil. Na verdade, os sergipanos hoje podem contar apenas com 1,4 mil pessoas fazendo sua segurança, o que é muito pouco se avaliarmos que temos 75 municípios para proteger.”, disse.
Constrangimentos
Além do número reduzido de policias, segundo informações da Amase, outras situações desagradáveis também permeiam o cotidiano dos policiais militares sergipanos. Segundo exemplificou Edgard, falta estrutura física para um trabalho com resultados satisfatórios.
“No último final de semana faltou gasolina para as tropas do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) e também para os policias que trabalham na garagem da Secretaria de Educação, localizada na Avenida Maranhão. Esse mesmo problema assola os policiais do interior. Para se ter uma ideia da situação quem trabalha em Tobias Barreto só pode abastecer em Lagarto, levando-se em consideração que em Tobias são apenas quatro homens para a proteção de 50 mil habitantes, e quando esses mesmos precisam abastecer saem dois homens na viatura, deixando a cidade nas mãos de apenas dois policiais.”, informou.
Na cidade de Neópolis a situação é ainda mais complexa, visto que a 2ª Companhia, que funciona na região está locada num antigo bar. “A antiga Companhia não tinha estrutura física, estava caindo na cabeça dos policias. Entramos na justiça para destituir o local em ruínas, mas o resultado foi ainda pior, pois a sede passou a funcionar num antigo bar, que segundo populares servia antes como prostíbulo. Essa situação traz um grande constrangimento aos nossos policiais que passaram a ser ridicularizados perante a população.”, contou Edgard.
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