Pesca esportiva: “Sergipe tem condição muito privilegiada”
De norte a sul do estado é possível realizar o esporte, que incentiva o turismo Cotidiano | Por Emerson Esteves* 09/02/2021 17h22Um mercado que movimenta mais de 700 milhões de pessoas e cerca de US$ 200 bilhões de dólares ao ano, de acordo com dados do Banco Mundial. Este é o cenário da pesca esportiva que, no Brasil, já faz circular anualmente cerca de R$ 1 bilhão, segundo o Sebrae. Em Sergipe, Thiago Moraes, profissional da pesca esportiva que há oito anos atua no estado, relatou ao F5 News que o mercado local para essa prática tem crescido muito.
Em Sergipe, os focos principais da pesca esportiva são o robalo, o xaréu e o camurupim, conhecido internacionalmente como Tartar. A conformação hídrica no estado favorece as condições para essas pescarias, que se dão em águas de rios e abrigadas nos estuários e nos manguezais.
“Eu me recordo que fui pioneiro como guia de pesca e como operador de turismo de pesca. E hoje a gente já conta no estado com outros profissionais que também atuam no mesmo segmento. A tendência é que esse segmento cresça muito no nosso estado”, afirma Thiago Moraes.
Carioca, radicado em Sergipe há dezenove anos, ele ressalta que apesar da pesca comercial, muitas vezes operada de forma ilegal e proibida, os estoques de espécies proporcionam um ambiente favorável para a prática. “Sergipe tem essa capacidade, essa condição de proporcionar excelentes pescarias aos turistas que vêm para cá”, diz Thiago.
Diferença entre pesca esportiva e de lazer
O foco na preservação é uma das principais características a diferenciar as duas atividades. Enquanto a pesca esportiva, uma evolução da pesca amadora - como o próprio nome indica -, encara a prática como um esporte; na de lazer, o cuidado com o meio ambiente nem sempre é observado, se refletindo em ameaça ao período reprodutivo das espécies.
“Se é um esporte e o peixe é o que faz o esporte acontecer, não faz sentido que a gente mate. Então, o pescador esportivo se tornou um agente preservacionista dentro dos ambientes. A pesca esportiva tem como característica o 'pesque e solte'. Isso é fundamental para que a gente consiga manter os estoques pesqueiros e fazer com que esses peixes se reproduzam e aumentem as suas quantidades”, disse Thiago Moraes ao F5 News.
O ambiente favorável em Sergipe
O litoral, somado à oferta variada de rios, lagoas, manguezais e barragens, faz de Sergipe um atrativo em potencial para a prática da pesca esportiva em água doce ou salgada.
“Sergipe é estrategicamente bem localizado quando a gente fala de pesca esportiva, tanto no litoral Norte, como na foz do rio São Francisco, onde a gente tem a divisa de Sergipe com Alagoas, até o litoral Sul, na região da Praia do Saco e de Mangue Seco, a divisa de Sergipe com a Bahia. São diversos locais onde a gente consegue fazer a prática da pesca esportiva e, com certeza, deixa Sergipe numa condição muito privilegiada”, destaca Thiago.
Em Sergipe, existem diversas modalidades de pesca esportiva, entre as quais o baitcasting com isca artificial, que utiliza a vara e a carretilha; o fly fishing, conhecido como pesca com mosca, e também a pesca oceânica. “Tem pescaria para todos os gostos, para todos os bolsos, depende muito do pescador se interessar, estudar o assunto e se desenvolver na prática esportiva”, diz o profissional.
Pretende se iniciar no esporte?
Ao F5 News, Thiago Moraes deu algumas recomendações para aquelas pessoas que têm curiosidade sobre o esporte e gostariam de se iniciar em sua prática: "Sugiro que assista vídeos relacionados ao tema e hoje a gente tem milhares de canais no YouTube, onde existem várias técnicas que são ensinadas, tanto na parte de equipamento, como na parte de trabalho e de isca”.
Acessar canais especializados, como um disponível por assinatura, o Fish TV, além de buscar informações na internet, são outras recomendações do profissional. Mas, o mais importante, reforça, é entender que “sem preservação não tem peixe, sem peixe, não tem pesca esportiva”.
*Sob supervisão de Will Rodriguez