Pacientes esperam mais de dois meses por tratamento oncológico em Aracaju | F5 News - Sergipe Atualizado

Pacientes esperam mais de dois meses por tratamento oncológico em Aracaju
Cirurgia diz que não tem previsão para conserto da máquina e recorre à SES
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 26/10/2018 14h30


Pacientes oncológicos continuam tendo dificuldades para manter o tratamento contra o câncer em Sergipe. A informação é do Grupo Mulheres de Peito, organização de apoio à mulher com câncer do estado, que reclama da interrupção constante dos serviços de radioterapia e quimioterapia, e da demora em dar andamento aos tratamentos.

São mais de 70 dias que a máquina de radioterapia continua sem funcionar no Hospital de Cirurgia, na capital sergipana. Desde agosto, o equipamento de acelerador linear quebrou e vários pacientes foram transferidos para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), que abriu um terceiro turno – à noite – para dar continuidade ao tratamento.

No entanto, a representante do Grupo Mulheres de Peito, Sheyla Galba, diz que a fila não anda. “Só transferiram o problema de lugar. Uma paciente que faz parte do Grupo está em 145º lugar na fila, há dois meses esperando o tratamento de rádio. Já outra que precisa fazer quimio e rádio juntas, até agora não fez nenhuma porque a fila não anda”, diz Galba.

Outro problema, segundo ela, é a dificuldade enfrentada pelos pacientes que moram no interior do estado e precisam vir a Aracaju para o tratamento. “A maioria das pacientes que fazem o tratamento à noite são do interior e acabam indo para suas casas uma hora da madrugada. O terceiro turno deveria ser para  pacientes que moram na capital e não do interior”, critica.

De acordo com a ONG, pelo menos 165 pessoas que integram o Grupo Mulheres de Peito aguardam na fila de espera para quimio e rádio. Deste último, o aparelho usado para o tratamento, ao longo deste ano, já parou de funcionar mais de quatro vezes no Cirurgia, conforme reportagens publicadas pelo F5 News.

Ainda segundo Sheyla Galba, desde dezembro passado as pacientes também permanecem sem medicamento para a quimioterapia.

Em nota, o Cirurgia informou que a máquina de radioterapia ainda passa por uma avaliação de serviços externos para que seja feito um novo levantamento de todas as falhas. O retorno só será feito se for assegurada a viabilidade da manutenção. Ainda segundo o hospital, os funcionários do hospital foram cedidos para o Huse “não havendo assim, atraso no tratamento e nem aumento no tempo de espera, por conta dessa paralisação”.

Sobre a aplicação da quimioterapia, a assessoria nega que houve paralisação desde que o serviço foi retomado no dia 10 de setembro, tendo o atendimento dentro da normalidade, de acordo com a demanda dos diagnósticos.

A Secretaria de Estado da Saúde diz que a quimioterapia e as cirurgias oncológicas do hospital foram retomadas em setembro e estão funcionando normalmente. Conforme a pasta, 66 pessoas estão em tratamento, mas não se confirmou se existe demora na fila de radioterapia. De acordo com informações publicadas pela pasta na quinta-feira (25), através da gerência da Radioterapia do Huse, “os pacientes estão sendo atendidos paulatinamente e com sucesso”.

Em relação ao horário noturno, a SES disse que todos os pacientes foram contactados para saber se tinham interesse em fazer o tratamento à noite e quem optou pelo dia assim foi atendido.

“Esse horário foi criado para atender a uma demanda reprimida do Cirurgia. O Sigau regula as pessoas para outros locais, como clínicas conveniadas e o próprio Huse. Ninguém deixará de ser atendido”, afirmou a pasta.

 

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