Mulheres ganham 16% a menos que homens em Sergipe, revela relatório
Diferença salarial entre homens e mulheres chega a 29,8% em cargos de gerência e direção Cotidiano | Por F5 News 26/09/2024 14h25Em Sergipe, as mulheres ganham, em média, 16% menos que os homens. Enquanto a remuneração média masculina no estado é de R$ 2.865,48, a feminina é de R$ 2.405,82, segundo o 2º Relatório de Transparência Salarial. O estudo foi elaborado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres, com base nos dados fornecidos por empresas com 100 ou mais funcionários.
A Lei de Igualdade Salarial estabelece a equiparação de salários entre homens e mulheres que desempenham funções equivalentes, com a mesma produtividade e eficiência. No entanto, a realidade salarial sergipana revela uma disparidade que varia de acordo com o grupo ocupacional. Entre dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença é ainda maior, alcançando 29,8%.
No total, 315 empresas sergipanas participaram do levantamento, abrangendo 109,8 mil empregados. Este segundo relatório, apresentado em 18 de setembro, mostrou uma leve melhora em relação ao primeiro ciclo, divulgado em março, no qual 307 empresas relataram os dados de 104,9 mil pessoas. No primeiro relatório, as mulheres recebiam, em média, 92,9% do salário dos homens.
O recorte por raça revelou que o número de mulheres negras empregadas nas empresas participantes é maior que o de mulheres não negras, com 28,5 mil e 10,5 mil, respectivamente. No entanto, a diferença salarial entre elas também persiste: mulheres negras ganham, em média, 13,58% a menos que as não negras. Entre os homens, a diferença é ainda maior, com homens negros recebendo 19,56% a menos que os não negros.
O relatório também analisou as iniciativas das empresas para promover a igualdade de gênero e raça no mercado de trabalho. Em Sergipe, 45,5% das empresas possuem planos de cargos e salários; 38,6% adotam políticas de incentivo à contratação de mulheres; e 36,5% têm políticas que promovem a ascensão de mulheres a cargos de direção e gerência. Em relação à contratação de mulheres negras, 29,6% das empresas sergipanas incentivam essa prática.
Além disso, 21,2% dos estabelecimentos têm políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+.
Com informações da Secretaria de Comunicação Social.