MPE quer soluções para problemas no Hospital de Cirurgia
CRM/SE e Vigilância Sanitária devem fiscalizar condições de trabalho Cotidiano 05/09/2011 13h17Por Fernanda Araújo
A Sociedade de Anestesiologia do Estado de Sergipe (Saese) apresentou um relatório ao Ministério Público do Estado (MPE) sobre as condições dos procedimentos cirúrgicos que são realizadas no Hospital Cirurgia. Segundo representantes da Saese, há uma série de problemas no centro cirúrgico que precisam ser solucionados, um deles é o realinhamento dos equipamentos.
Diante da problemática, o MPE solicitou em audiência realizada na manhã desta segunda (5) que o Conselho Regional de Medicina de Sergipe (CRM-SE) e a Vigilância Sanitária fiscalizem e esclareçam as condições de trabalho médico no hospital.
“Diante do impacto da audiência, nós solicitamos ao CRM e à Vigilância Sanitária, que, no prazo de 30 dias, possa realizar uma inspeção, para informar ao MP sobre as condições de funcionamento desse centro cirúrgico”, declarou a promotora de Justiça Euza Missano.
De acordo com a promotora, para que a população seja atendida com dignidade é preciso uma fiscalização rigorosa. Ela afirma que o relatório do MP foi encaminhado ao hospital, este também apontou em relatório, os problemas e possíveis soluções. O Hospital Cirurgia pediu também o acompanhamento de representantes do hospital na inspeção.
Após apresentação dos relatórios, uma nova reunião será marcada com o Hospital Cirurgia, com o objetivo de discutir novamente a situação e pontuar a reforma que deverá ser feita para resolver o problema.
Diálise
Ainda em sala de audiência, na oportunidade, o MP discutiu sobre a necessidade de hospitais que fiquem na retaguarda de outros centros cirúrgicos.
“O que nós discutimos hoje é se todos os serviços obtiveram um hospital de retaguarda”, disse a Euza Missano.
A promotora conta que o MP havia aberto um procedimento administrativo, para tratar e dar assistência aos pacientes renais crônicos.
“Nos já movemos uma ação civil pública, no dia 24 de Agosto de 2010, ao município de Aracaju, para que o município disponibilizasse ou ampliasse a sua rede de serviço de terapia renal, ou seja, hemodiálise para o paciente renal crônico. O paciente renal crônico se ele não recebe a assistência pode chegar a óbito. (...) Foi referido à liminar e o município já ampliou a sua rede de assistência ao paciente renal”, disse.
Porém, a promotora afirma que surgiram problemas pontuais, com relação aos serviços prestados no município, sendo alguns deles solucionados. Ela explica que os pacientes que necessitam da hemodiálise precisam ser encaminhados corretamente para que não cheguem a óbito.
Ela conta também que na capital tem três hospitais contratados que fazem serviço de hemodiálise. Como o hospital do Rim, Clinese e o hospital São Lucas, que faz através da Netroclínica.
Foi informado ao MP que o Hospital do Rim tem a retaguarda do Hospital Santa Izabel. O hospital de retaguarda da Clinese permanece sendo o Hospital Cirurgia, já o da Nefroclínica é o Hospital São Lucas.
“Neste serviço do paciente renal crônico, um passo largo já foi dado, ampliando serviço para esses pacientes, e agora com os hospitais da retaguarda. Agora é só fechar esse círculo e garantir toda a assistência necessária ao paciente renal crônico. O que falta agora é um procedimento para a questão do laboratório e avançar cada vez mais o transplante renal no município”, retrata.
No próximo dia 21 será discutida a questão da diálise intrahospitalar no HC porque ainda não há remuneração por este serviço e alguns procedimentos sobre o acesso do paciente ao serviço da hemodiálise.
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