MPE investiga a realização de exames de ressonância magnética no Cadi
Cotidiano 10/04/2012 15h00Por Fernanda Araujo
O Ministério Público Estadual recebeu denúncias de pessoas que necessitam de exames com o aparelho de ressonância magnética no Centro de Análise e Diagnóstico por Imagens (Cadi) de Aracaju. Segundo os reclamantes, pacientes chegaram a ficar um ano à espera da realização do exame, além de outros problemas. Por conta disso, nesta terça-feira (10), a promotora de saúde Euza Missano marcou uma audiência para verificar estas denúncias, objetivando a melhora no serviço.
De acordo com a médica que trabalha há cinco anos no Cadi, Diana Cerqueira, o tempo médio de espera para a realização da ressonância é de dois meses a partir do agendamento, exceto os casos de urgência. Ela justificou que este atraso resulta da desatualização do aparelho, da falta de equipamentos, da quebra do aparelho e a demora em seu conserto. “Desde a minha chegada até hoje não ouvi falar da possibilidade de ampliação dos serviços e de aquisição de novos aparelhos”, afirma.
O Município de Aracaju informou que são disponibilizadas 100 vagas por mês, porém, pelo aparelho ser obsoleto o exame de ressonância abdominal não é realizado por não haver material apropriado, nem escala de anestesiologista. O exame de ressonância serve para o diagnóstico de tumores, fraturas ou quaisquer lesões em órgãos internos não visualizados em outros exames de imagem.
Foi informado em audiência também que são disponibilizados quatro vagas para o Hospital de Urgência de Sergipe e hospitais de retaguarda, e uma vaga para o Hospital Cirurgia em caso de urgência. Segundo a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) a fundação possui contrato com a clínica Cemise onde são realizadas ressonâncias não executadas no Cadi. Já o Município completa que foram contratados três serviços privados para a realização de 1.500 exames, a exemplo da Cemise, Clínica Diagnose e Hospital São Lucas. As metas poderão ser revistas, diminuindo ou ampliando o número de exames, de acordo com a necessidade dos usuários.
O equipamento de ressonância magnética, segundo os médicos, garante melhor visibilidade das lesões. Além de custar no Brasil a partir de um milhão de reais, tem duração apenas de dez anos. Em média um exame de ressonância magnética em hospitais privados através da Autorização de Procedimentos Ambulatoriais de Alto Custo (APAC) custa R$ 426,00. Segundo a promotora, o MPE vai dar continuidade às investigações e pediu na forma da Lei 7347/85 à FHS e ao Município as cópias dos contratos firmados em dez dias úteis, informando o quantitativo mensal de exames e o valor unitário dos exames em cada prestador contratado.
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