Movimento “Não Pago” fará protesto no dia 7 contra aumento da tarifa
Decisão foi tomada em reunião da Frente em Defesa do Transporte Público Cotidiano 01/02/2012 19h07Por Sílvio Oliveira
A Frente em Defesa do Transporte Público de Qualidade se reuniu, na tarde desta quarta-feira, 1º, para decidir o rumo do Movimento “Não Pago” e um cronograma de mobilizações contra o aumento da tarifa de ônibus de R$ 2,25 para R$ 2,52, ou seja, um aumento de 12%. Ficou acordado que as entidades componentes da Frente distribuirão um manifesto e participarão também das discussões em torno do Seminário de Mobilidade Urbana, que iniciará nesta quinta-feira, às 17, no Centro de Convenções de Sergipe.
Ficou decidido também que no dia 7 de fevereiro haverá um ato público partido do terminal da rodoviária Luiz Garcez até o calçadão da João pessoa, onde farão um protesto contra o aumento da tarifa.
De acordo com Alex Pedrão, do Movimento “Não Pago”, em dezembro já se falava em aumento e a SMTT negava, porém, com a confirmação da elevação da tarifa, fica constatado novamente que, segundo ele, os empresários do setor impõem um aumento, a SMTT confirma, a prefeitura fica refém e a população sofre. “A gente pergunta: qual é o papel da SMTT. É só fiscalizar? Todos os anos os empresários colocam o valor, a SMTT acata e a Prefeitura vira refém. Há 20 anos não há licitação. Será que o Ministério Público e os vereadores vão ficar calados? A SMTT teria que está do lado do povo”, questionou.
Alex Pedrão ainda informou que se espera democracia e transparência na condução do aumento da tarifa, já que a discussão é feita “dentro de gabinetes”, por um “pequeno grupo”, sem levar em consideração os anseios da sociedade. “O aumento de 12% está acima da inflação e de todos os índices, sem nenhum argumento plausível para aumentar. Eles alegam que é por causa da gratuidade dos PM’s, dos idosos, dos Correios. É sempre alguém ou alguma coisa, mas nunca culpa dos empresários e da SMTT”, alfinetou.
Presente à reunião representando a Central Única dos Trabalhadores (CUT), George Washington, assessor de comunicação, destacou que a CUT defende também o congelamento da tarifa e uma discussão com a sociedade, além do cumprimento do art. 24, §1º, da Lei Orgânica Municipal, que obriga a Câmara de Vereadores a votar e discutir a majoração da tarifa. Djenal Prado, do CSP/ Conlutas, também endossou a ideia.
Além do Movimento “Não Pago”, a Frente em Defesa do Transporte Público de Qualidade também tem como luta a reforma dos terminais, construção de pontos de ônibus e a proposta de uma ampla discussão com a sociedade sobre horários e linhas.
Frente em Defesa do Transporte
Faz parte da Frente mais de 20 entidades, entre sindicatos, movimentos sociais, organizações de bairro, e diretorias acadêmicos. Ela foi criada para discutir o transporte público de qualidade em Sergipe e mobilizar a população sobre os direitos e deveres quanto a utilização desse transporte.
Dentro das atividades, o Movimento “Não Pago” foi criado em 2011 para protestar contra o aumento da passagem em janeiro do ano passado, quando subiu cerca de 8%. “São mais de 12 anos consecutivos aumentado a tarifa”, exclamou Alex Pedrão.
O aumento da tarifa de 12% foi protocolado na Superintendência de Transporte e Trânsito de Aracaju pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransp) na terça-feira, 31.
De acordo com o diretor do Setransp, José Carlos Amâncio, para chegar ao percentual de aumento de 12% foi considerado a evasão de usuários para o transporte clandestino, o grande número de gratuidade, a manutenção, o valor de pessoal, peças e acessórios.
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