Morte no ônibus: Familiares querem justiça
Cotidiano 03/04/2012 10h43Por Márcio Rocha
Em uma pequena casa no bairro Jetimana, o corpo do idoso vítima do acidente entre dois ônibus do transporte coletivo está sendo velado pelos seus cinco filhos, inclusive um menino de menos de cinco anos. Durante o velório, o corpo de José Américo ainda vertia sangue, que deixou os trajes fúnebres manchados. Segundo familiares, o corpo parou de sangrar no início da manhã. Desolação e inconformismo. Estes são os sentimentos dos familiares pela morte brutal sofrida pelo homem, segundo eles, pessoa com muita alegria de viver.
“Meu irmão sempre vivia animado, feliz. Nunca se deixava abater pelos problemas. Amava seus filhos e netos, se dava bem com todos os vizinhos e, de repente, um homem com tanta vontade de viver, morre dessa forma estúpida”, disse o irmão de José Américo, Aldair José.
Os familiares de José Américo pedem que seja feita justiça no caso. Alegam que a responsabilidade é da empresa do ônibus que transportou o idoso para a morte.
“Tem uma placa de PARE na avenida, mas ele não parou. Vinha em alta velocidade e seguiu, provocando o acidente que matou meu irmão, que era um homem de família. Outras pessoas ficaram feridas. Queremos justiça, pois a empresa contratou um irresponsável para dirigir um ônibus. Esse acidente tirou a vítima de meu irmão, por nada! Um homem trabalhador que morre em um acidente que poderia ter sido evitado”, disse Aldair, às lágrimas pela morte do irmão.
O acidente ocorrido entre dois ônibus do transporte coletivo na noite de segunda-feira (02), na avenida Juscelino Kubitschek, feriu 20 pessoas e teve uma vítima fatal. O armador de metais José Américo Gonçalves, de 62 anos, morreu ao ser socorrido após ficar preso nas ferragens do veículo atingido por outro ônibus.
O armador estava voltando do trabalho, em uma construtora, sentado no primeiro assento do lado direito, no ônibus lotado. Américo recebeu todo o impacto inicial do acidente, quando, de forma imprudente, o motorista atravessou o veículo em uma via que deveria dar a preferência para quem transitasse pela avenida. O motorista insistiu em cruzar a via, pois estava acelerado - segundo passageiros, em velocidade muito alta.
José Américo morreu antes de ser levado ao Hospital de Urgência de Sergipe, com seu corpo perfurado pelas ferragens do veículo destruído. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal e liberado para sepultamento.
O corpo de José Américo Gonçalves será enterrado no cemitério do povoado Palestina, em Nossa Senhora do Socorro.
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