Moradores do Guajará, em Socorro, voltam a protestar por infraestrutura | F5 News - Sergipe Atualizado

Grande Aracaju
Moradores do Guajará, em Socorro, voltam a protestar por infraestrutura
População reclama desde o início do ano do péssimo estado das ruas no loteamento
Cotidiano | Por Saullo Hipolito 13/08/2019 10h00 - Atualizado em 13/08/2019 18h27


Os moradores do loteamento Guajará, em Nossa Senhora do Socorro, na Grande Aracaju (SE), voltaram a protestar na manhã desta terça-feira (13) contra a falta de pavimentação nas ruas do local. Os moradores alegam que vários serviços já não chegam até a localidade, que se vê desassistida. A última reunião com o prefeito Fábio Henrique aconteceu há três meses.

O protesto marcado para às 9h teve como foco a Câmara de Vereadores do município. O problema é antigo e já foi mostrado outras vezes pelo F5 News, mas segundo os moradores, só piora. A professora e manifestante Jaqueline Oliveira alega que há ruas que funcionam em mão única por conta da abertura de bueiros.

O tempo instável provoca duas situações desagradáveis na região. Quando chove, as ruas se transformam em um verdadeiro lamaçal, quando fica estiado, os transtornos continuam, desta vez por causa da poeira, já que as vias são de barro.

"Não temos assistência de ambulâncias, bem como depósitos de água, distribuidoras de gás, transportes públicos, os únicos que ainda entram aqui são os lotações, mas eles já comunicaram a dificuldade e alegaram a vontade de parar de circular no local", disse a professora.

Acesso aos ônibus

Para pegar um ônibus do sistema público, a educadora alega que cada morador tem que levar um pequeno recipiente de água para lavar seus pés sujos antes de entrar nos veículos. Os veículos não têm entrado no loteamento e a distância é longa para alguns moradores.

"Tivemos uma reunião com o prefeito aqui, estavam presentes também o secretário Francisco, uma equipe do gestor e eles fizeram contato com a empresa responsável. Fizeram uma visita, mas isso não resolve nosso problema. É só desculpas de chuva, de falta de paliativo de qualidade e nada é resolvido. A gente deu um prazo de 90 dias, alertou sobre essa manifestação", informou Jaqueline.

Ainda conforme a professora, outras localidades como Pai André, Santo Inácio, Lavandeira, Quissamã e Palmares sofrem com os mesmos problemas.

A prefeitura municipal, por meio de nota, informou que já está pronta para apresentar projetos de reestruturação aos representantes das comunidades. Segundo o Município, uma comissão foi formada de forma antecipada pelas secretarias de Infraestrutura Planejamento, Comunicação e pelo gabinete municipal, para receber os líderes comunitários do Loteamentos Guajará, Palmares, Santa Cecília e Boa Viagem, a fim de apresentar soluções. 

A Gestão Municipal afirma ainda que entende as necessidades e a importância da manifestação, e que está pleiteando o envio de recursos, através do Financiamento para efetuar as ações estruturantes permanentes nas comunidades. Destaca também que os problemas que atingem as comunidades são históricas, "mas que na atual gestão se tornaram um ponto crucial de atenção da Prefeitura, prova disso é a busca incessante de recursos". 

"Essa comissão, formada pelos secretários Francisco Nascimento (Seminfra), Hallison de Sousa (Seplan), Renato Nogueira (Comunicação) e Bruno Rezende (Chefe de Gabiente), ouviu os anseios dos líderes dessas comunidades e apresentaram os projetos e iniciativas que estão em andamento para serem executados no município. Mas mesmo enquanto esse financiamento não é concedido, a Prefeitura vem realizando ações estruturantes na localidade, a exemplo do calçamento da principal via de acesso ao local, uma obra de cerca de R$ 1,5 milhão, que vai garantir melhores condições de trafegabilidade na região. Toda essa situação está mapeada pela Prefeitura, através de suas secretarias, que entende os problemas enfrentados pelas comunidades.

Por fim, mas não menos importante, salientamos as ações paliativas e rotineiras que diariamente são executadas nessas comunidades, a fim de promover a segurança de motoristas e pedestres que circulam diariamente nesses locais. Contudo esse trabalho foi prejudicado pelo rigoroso e intenso período chuvoso, que maximizou os transtornos sofridos pelas comunidades, e minimizou os serviços feitos pela Prefeitura nesses locais", completa a nota. 

Atualizado para acréscimo de nota da Prefeitura de Socorro

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