Falta de reposição no sistema de abastecimento gera problemas na Deso
Presidente Bosco Mendonça: tubulações são as mesmas há 30 anos Cotidiano 30/10/2011 07h00Por Adriana Meneses
É de praxe, diariamente, ouvir nos programas de rádios, assistir nos telejornais, ler nos jornais impressos ou acompanhar em sites, portais, blogs ou mesmo pelas redes sociais diversas reclamações relacionados à Companhia de Saneamento de Sergipe - DESO. Aliás, o líder da oposição na Assembleia Legislativa de Sergipe, o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP) já elegeu a Deso como a pior empresa pública de Sergipe. As reclamações giram em torno de constantes falta de água, buracos que são feitos em meio às obras realizadas pela empresa e pela cobrança da taxa de esgoto.
De acordo com Bosco Mendonça, diretor-presidente da Deso, os problemas são antigos e existem, sobretudo, pela ausência da reposição nos sistemas de abastecimentos. Os reparos são paliativos que geram um gasto enorme para instituição. “Tudo tem uma vida útil, inclusive nós. Essas tubulações estão na ativa há quase 30 anos e não são repostas, vivem sendo reparadas, precisamos fazer um trabalho de manutenção preventiva. Esses problemas, como reparo de vazamentos, custam muito caro para a empresa”.
Ainda segundo Bosco Mendonça, a empresa está passando por um momento de cortes de custos para poder gerar renda e manter equipamentos como bombas e máquinas funcionando de forma a oferecer um serviço de mais qualidade à população. “Hoje, já reduzimos o quadro de vigilância particular, e adotamos um método mais barato que é o monitoramos de segurança eletrônico, além de também verificar o que pode ser reduzido no quadro de funcionários terceirizados. A melhor de todas as notícias é relacionada ao consumo de energia que é de grande custo para a empresa, onde, esse mês, conseguimos economizar aproximadamente 300 mil”, ressaltou.
Combate aos “Gatos”
Outra medida que está sendo adotada pela empresa é o combate aos “gatos”. Ou seja, descobrir e impedir ligações clandestinas de água, o que é considerado furto. Dados da empresa apontam que de cada 100 litros processados pela Deso, a instituição recebe o lucro de apenas 52%. Em outras palavras, 48% representam água furtada com os “gatos” ou as contas dos clientes não são pagas – inclusive por hotéis e proprietários de mansões em Aracaju.
Segundo Bosco Mendonça, a partir de agora quem for pego furtando água com ligações clandestinas será acionado judicialmente e respondera criminalmente. Já os clientes inadimplentes terão o fornecimento de água de suas residências suspenso, e os nomes incluídos em uma empresa de restrição de crédito. “Temos que ser sensatos e agir corretamente, quando não se paga em dia um serviço de telefone, energia, TV a cabo ou internet sempre acontece o corte, e por que com a Deso tem que ser diferente”, questionou.
Antigos e novatos
De acordo com o diretor-presidente da Deso, a empresa ainda enfrenta um outro problema: o grande número de funcionários antigos, com mais de 25 anos de trabalho, que se perpetua no cargo por não existir uma aposentadoria complementar. Os novatos recebem salários que não são compatíveis, e muitos desistem procurando empregos melhores. Tudo isso acarretando problemas em problemas para a empresa.
“Hoje, temos, aproximadamente, 1 2 mil funcionários – deste número, dois terços são funcionários antigos. Não quero dizer com isso que esses funcionários não desempenham bem suas funções, mas temos que convir que existe tempo para tudo, e que a idade, inevitavelmente, acaba pesando para todos nós, A renovação é necessária para o bem da empresa, e precisamos encontrar uma solução para que todos possam trabalhar com dignidade oferecendo um melhor serviço para a população”, salientou.
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