Falso advogado é preso em flagrante por cárcere privado e injúria em Aracaju
Investigado foi autuado por cárcere e injúria. Prisão preventiva por estelionato foi pedida à Justiça Cotidiano 08/07/2021 11h40 - Atualizado em 08/07/2021 12h00A Polícia Militar prendeu em flagrante Eduardo Ferreira da Silva - que se passava por advogado - por agressão contra a companheira, em Aracaju. O auto de prisão em flagrante, por cárcere privado e injúria, foi feito no Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV). Na unidade policial, também foi pedida, junto ao Poder Judiciário, a prisão preventiva por estelionato. A detenção ocorreu nesta quarta-feira (7).
De acordo com a delegada Renata Aboim, a vítima conheceu o suspeito há cerca de 15 dias pelo Facebook. Eles começaram a morar juntos no dia 28 de junho. No dia 3 de julho, ele a agrediu fisicamente.
"Ela relatou que ele não a deixava sozinha, estava sempre no encalço dela, mesmo dentro de casa e que não permitia que ela fosse ao banheiro ou na cozinha para lavar pratos. Ficava com o celular dela. A vítima disse ainda que ele ficava olhando as mensagens que ela trocava no WhatsApp e ficava perto dela para ouvir as ligações telefônicas", detalhou a delegada.
Ainda de acordo com Aboim, a vítima pediu para que ele a levasse para uma unidade de saúde, pois estaria passando mal. Lá, ela conseguiu pedir ajuda. "Ela inventou que estava passando mal e ele a levou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Augusto Franco. Lá, ela conseguiu pedir ajuda aos funcionários, que acionaram a Polícia Militar, e ela também conseguiu ligar para uma amiga dela", complementou.
Segundo Renata Aboim, no DAGV foi identificada a documentação falsa que o suspeito portava. "Aqui na Delegacia, eu vi um carimbo dele, no qual tem a identificação como advogado e um número da OAB de Alagoas. Eu consultei esse número e deu inexistente. A vítima e a testemunha informaram que ele se identifica como advogado e como representante do Ministério Público e que trabalha no Fórum Gumersindo Bessa. No celular da vítima, da testemunha e dele tem conversas que comprovam essa prática do Investigado", especificou.
Na unidade policial, o suspeito negou que se identificasse como advogado. "Mas também não deu nenhuma explicação plausível e convincente para o fato de portar o carimbo e ter no perfil dele que é 'advogado por amor e jornalista por paixão', bem como um card com o nome dele e identificação como advogado na foto de perfil do WhatsApp. Há uma amiga da vítima que chegou a pagar R$ 500 por serviços advocatícios dele", revelou a delegada.
As informações são da Secretaria da Segurança Pública (SSP)