Deputada Linda Brasil sofre ataques e ameaças de morte
Ao tomar conhecimento das ameaças, a parlamentar registrou um Boletim de Ocorrência Cotidiano | Por F5 News 30/06/2023 08h50 - Atualizado em 30/06/2023 10h31A deputada estadual Linda Brasil (PSOL) publicou nas redes sociais que recebeu mensagens contendo ataques transfóbicos, discursos de ódio e ameaças de morte em seu e-mail institucional. De acordo com vídeo publicado nas redes da parlamentar nessa quinta-feira (29), o remetente ainda exigia que Linda renunciasse ao cargo de deputada estadual. Os ataques foram enviados no Dia do Orgulho LGBTQIA+.
Segundo a deputada, ao tomar conhecimento das ameaças, ela registrou imediatamente um Boletim de Ocorrência no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e comunicou o fato à Polícia Federal. A instauração do inquérito foi realizada.
“A ameaça é inaceitável, covarde, pretende me coagir e calar, além de ferir os princípios democráticos e de respeito aos direitos humanos. Trata-se de uma clara ameaça política de gênero e contra as pautas em defesa dos direitos humanos”, disse a deputada na publicação.
“É de conhecimento das autoridades que o nome que aparece como remetente do e-mail é usado por uma quadrilha de ódio da internet no Brasil cujo modus operandi é o ataque contra mulheres parlamentares e defensoras de Direitos Humanos em todo o país. Infelizmente, esse é mais um exemplo de violência de gênero, caraterística desses grupos que buscam silenciar vozes como a minha”, concluiu.
Veja o relato da parlamentar:
FUI AMEAÇADA DE MORTE E PRESSIONADA A RENUNCIAR AO CARGO DE DEPUTADA ⚠️
— Linda Brasil ? (@lindabrasilse) June 30, 2023
Ontem, no Dia do Orgulho LGBTQIA+, recebi, através da Escola do Legislativo da @assembleiase, um e-mail contendo diversos ataques transfóbicos, discurso de ódio e uma explícita ameaça de morte. pic.twitter.com/o0Bz4aQsCB
Em nota, a Polícia Civil de Sergipe afirmou que instaurou um inquérito policial para apurar as ameaças sofridas pela parlamentar e reforçou que deve investigar a autoria do fato. Segundo a corporação, a prática, além de ameaçar a vida de uma pessoa, "infringe o direito legal de escolha dos representantes da administração pública por meio da democracia".