‘Como não amar?’. Quem alguma vez, por mais breve que tenha sido, cruzou com Paulinha Abelha ouviu dela a expressão que se tornou sua marca registrada. A vocalista da banda sergipana Calcinha Preta morreu aos 43 anos, em um Hospital particular de Aracaju, após 13 dias internada.

Natural de Simão Dias, no centro-sul sergipano, Paula de Menezes Nascimento Leça Viana começou a cantar ainda na pré-adolescência. Inicialmente, interpretava músicas de axé, mas não demorou muito para tomar gosto pelo ritmo mais tradicional da sua região, o forró, e foi nele que construiu uma carreira de projeção internacional.

Paulinha ensaiou os primeiros acordes aos 12 anos em trios elétricos. Durante três anos, teve a sua própria banda ‘Flor de Mel’, mas logo foi convidada para fazer parte da banda Panela de Barro, quando conheceu Daniel Diau.

reprodução/redes sociais

Em 1999, aceitou o convite de Gilton Andrade para fazer parte da Calcinha Preta e sua carreira decolou. Paulinha ganhou destaque como uma das principais vozes da banda, onde permaneceu durante 12 anos, participando da gravação de 22 álbuns e 3 DVDs.

A cantora se desligou da banda Calcinha Preta no início de 2010 para integrar a banda GDO do Forró e no fim do mesmo ano deixou o grupo e formou a primeira dupla de forró do Brasil: Paulinha Abelha e Marlus Viana, com quem foi casada por 10 anos.

Divulgação/Calcinha Preta

Em 2014 retornou à Calcinha Preta e, dois anos depois, deixou mais uma vez a banda para fazer parte do projeto Gigantes do Brasil ao lado de Daniel Diau e Silvânia Aquino.

Em dezembro de 2016, com o fim da banda Gigantes do Brasil, Silvânia e Paulinha, continuaram juntas e lançaram o projeto ‘Silvânia e Paulinha'. Em 2018, as duas cantoras retornaram à banda Calcinha Preta, onde permanecem até os dias atuais.