Cães farejam partes íntimas de mulheres que visitam presos em SE
Agressões físicas e verbais e péssima alimentação motivam motim Cotidiano 16/04/2012 10h15Por Joedson Telles
Cerca de 128 pessoas (entre elas três agentes penitenciários) permanecem reféns dos mais de 470 internos do Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho, no bairro Santa Maria. Os cabeças do motim estão no telhado com rostos cobertos e espancando uma pessoa que está enrolada num colchão. Eles têm em mãos facas e fala-se até em arma de fogo. O motim teve início por volta das 13h do último domingo 15. A polícia está no local tentando negociar. Não houve morte.
Segundo familiares dos presos, a rebelião é uma reação à forma desumana como a empresa que administra o presídio tercerizado pelo Estado vem tratando-os, e até seus familiares. De acordo com algumas mulheres que têm parentes presos ali, para poder ter acesso a eles, elas são obrigadas a permitir que cachorros lambam suas vulvas, sob o argumento da suspeita de estarem levando drogas para dentro do presídio. "A gente precisa ficar abaixada de pernas abertas por muito tempo. Apertam a barriga. E tem mulher grávida. Mandam os cachorros lamber a gente. É como se fosse sexo oral", conta uma delas.
Aliás, o motim teria começado justamente porque um cachorro foi motivado a agredir um preso. Além das cachorradas, os presos denunciam ainda que são espancados e agredidos verbalmente. Não há estrutura no presídio superlotado e alguns dormem no chão. Há muita reclamação também no tocante à alimentação e até ao não cumprimento de ordem médica para que eles façam exames e consultas. Os internos elaboraram uma lista de exigência pontuando tudo isso e mais algumas "mordomias" como cigarros e televisão e ventilador em todas as celas. Os presos querem ainda a troca do diretor da cadeia.
Através de sua assessoria, o secretário de Justiça, Benedito Figueiredo, disse que, somente após uma reunião que está tendo com o governador Marcelo Déda (PT), nesta manhã, estará anunciando as medidas a serem tomadas, além evidentemente que retomar o controle do presídio. O secretário adiantou que rebelião acontece em todos os presídios e continuará ao lado da polícia e de outros organismos tentando por fim ao motim o mais rápido possível.
Rebelião no Compajaf está sendo negociada, diz SSP
Da SSP
Mais de 150 policiais civis, militares e agentes penitenciários foram mobilizados desde o início da tarde deste domingo, dia 15, no Complexo Penitenciário Advogado Antonio Jacinto Filho(Compajaf), durante rebelião registrada na unidade penitenciária.
A ação rápida dos policiais e agentes do Departamento do Sistema Penitenciário do Estado de Sergipe (Desipe), e dos próprios agentes de disciplina da unidade, evitou que outros colaboradores fossem rendidos pelos presos.
A partir daí, uma verdadeira força-tarefa com a participação efetiva das polícias Civil e Militar iniciou a negociação para evitar desdobramentos durante a rebelião. Uma comissão composta pelo secretário de Justiça e de Defesa ao Consumidor, Benedito Figueiredo, o secretário de Segurança Púbica, João Eloy de Menezes, o juiz Hélio Mesquita e o promotor José Cláudio, ambos da Vara de Execuções Penais; além de representantes da PM e Defensoria Pública negociaram com os internos.
Durante algumas horas os internos se utilizaram de materiais metálicos e madeira para destruir parte das instalações internas do presídio. Depois de terem tomado basicamente todas as áreas internas do Compajaf, os presos passaram suas principais exigências, que foram entregues ao capitão da Policia Militar, Marcos Carvalho, especializado em gerenciamento de crises.
Colaboradores e servidores da Sejuc passaram informações para parentes dos internos, que se reuniram na frente da unidade prisional para acompanhar o desfecho da rebelião.
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