A partir do nascimento, SBQ aponta câncer, hipertensão, diabetes... | F5 News - Sergipe Atualizado

A partir do nascimento, SBQ aponta câncer, hipertensão, diabetes...
Médico que fundou a Semeiótica Biofísica Quantística, concede entrevista ao F5News
Cotidiano 04/09/2011 09h07


Por Cris Caramel*

O médico Sérgio Stagnaro, 79 anos, fundou a Semeiótica Biofísica Quantística (SBQ), uma nova disciplina médica que permite revelar, a partir do primeiro momento de vida das pessoas, a existência da  predisposição à patologias graves, consentindo uma efetiva prevenção primária e facilitando oportunas terapias preventivas. O médico-cientista italiano utiliza apenas um estetoscópio para identificar e prevenir casos como o câncer, o diabetes e as cardiopatias, também na fase potencial, ou antes que se manifestem clinicamente. Ele conversou com a jornalista Cris Caramel, diretamente da Itália, e concedeu uma entrevista exclusiva ao F5 News.

Cris Caramel - O que é ‘Semeiótica Biofísica Quantística’?

Sérgio Stagnaro – A SBQ é uma disciplina complementar a medicina, que estuda e interpreta os sinais do corpo humano, a fim de descobrir e diagnosticar eventuais patologias. Ela se baseia no método da percussão escutada. Com o simples auxílio de um estetoscópio comum é possível ouvir as mensagens em forma de sons e movimentos que o corpo emite quando é oportunamente estimulado. Os estímulos, que podem ser percussões, pressões através dos dedos com várias intensidades, têm a função de induzir comportamentos que dão localmente informações qualitativas sobre o estado de saúde ou de patologia, seja ela potencial, em fase de desenvolvimento, mas não evidente ainda segundo os usuais testes clínicos, ou mesmo em fase crônica. A SBQ fornece uma casuística bem detalhada baseada na latência, intensidade (dilatação do estômago) e tempo de duração dos reflexos, os quais são elementos centrais de toda a diagnóstica. A SBQ permite revelar a partir do nascimento das pessoas a existência de patologias graves bem definidas como o câncer, o diabetes mellitus tipo 2, a arteriosclerose, a hipertensão, as doenças isquêmicas do coração, potencialmente presentes somente se houver  um terreno fértil, devido a uma alteração no DNA mitocondrial materno, que por sua vez  determina um particular estado de sofrimento da célula(citopatia mitocondrial) denominado ICAEM. Se a ICAEM for intensa, a partir do nascimento do indivíduo, originam-se terrenos específicos (constituições físicas ou predisposições à diferentes doenças), nos quais podem surgir as patologias correspondentes, no caso em que se manifestem o ‘real risco’ delas. Por exemplo, pode existir a partir do nascimento o ‘terreno oncológico’ (constituição físico-biológicada qual podem surgir os tumores), que poderia dar origem ao ‘real risco’ congênito de câncer, o qual por sua vez, em função dos 300 fatores de risco existentes (que não são causas, mas facilitadores), permite a um determinado momento da vida o surgimento do câncer. Um outro exemplo é a constituição arteriosclerótica, que pode provocar o ‘real risco’  de  CAD (doença arterial coronáriaisquêmica), que culmina muitas das vezes inesperadamente à morte por  infarto do miocárdio, a exemplo de tantos jovens esportistas, vítimas inocentes embora monitorados cardiologicamente cada ano, segundo o diagnóstico tradicional.

Cris Caramel- Em que se diferencia a ‘Semeiotica Biofisica Quantistica’ da semeiotica tradicional?

Sérgio Stagnaro - A semeiotica física tradicional é  a investigação da “patologia em ação”,  tarde  demais pela prevenção e muitas vezes também pela terapia (diagnosis tardivas). Eu a chamo de ‘Medicina de Marte’ porque além da visita clínica (exame direto no paciente), ela se vale de diferentes testes de imagens (ecografia, endoscopia)  e investigações de laboratórios bastante invasivos: usa então uma espécie de “violência” à natureza, entendida como corpo humano são doente, obrigando-o, constrangindo-o, tirando as vezes partes dele. Estes testes sofisticados não ajudam sempre, e muitas das vezes, causam ansiedades nas pessoas. Já a SBQ é um instrumento para medicina do escutar, do diálogo com o corpo humano, ‘Medicina de Vênus’, que, corretamente “interrogado”, fornece ao médico preciosas informações, as quais podem ser decifradas segundo uma chave de leitura multidisciplinar, com o recurso de outras ciências como a física quântica,a química, a ciência da informação, permitindo formular diagnoses muito mais confiáveis.

Cris Caramel -Qual são as novidades desta nova semiótica?

Sérgio Stagnaro - Nos sistemas biológicos do nosso corpo estão presentes comportamentos caótico–deterministicos e isso é reconhecido universalmente, mas nenhum cientista havia antes conseguido medir estas dinâmicas, dando-lhes um significado clínico e diagnóstico.  A SBQ concentra-se em particular nos microvasos, aqueles minúsculos vasos sanguíneos, arteriolas e capilares, nos quais circula uma boa parte do nosso sangue, que chega até os tecidos parenquimais, por exemplo do fígado ou do coração. As flutuações nos microvasos são caótico-determinísticas no indivíduo saudável e são medidas de uma forma inovativa criando um sistema termodinâmico quase fechado entre o estômago e o órgão investigado (por exemplo, o coração).Esta investigação inovadora e refinada permite descobrir onde tem cãos determinístico. O sistema biológicoinvestigado goza de boa saúde, enquanto onde as dinâmicas caóticas deixam espaços a comportamentos mais simples, como àqueles periódicosou de ponto fixo (basta imaginar o eletrocardiograma linear), interpreta-se como sinais de patologia ou cronicidade.

Cris Caramel -A SBQ  substitui a diagnóstica convencional?

Sérgio Stagnaro - Não, absolutamente. Ela é uma disciplina complementar a medicina, porque simplesmente oferece informações suplementares que a diagnóstica de laboratório e por imagens que ainda não podem dar. Pode ajudar na diagnose de patologias iniciais, que ainda não foram reveladas e evidencia as mais graves patologias ainda na fase potencial antes que elas surjam, fato altamente inovativo, assim permitindo uma eficaz ação de terapia preventiva.

Cris Caramel -Jáexistem médicos que aplicam a SBQ?

Sérgio Stagnaro - Sim,  como por exemplo o cardiologista Mário Siniscalchi.

 

 

A jornalista Cris Caramel entrou em contato com o médico Mário Siniscalchi, cardiólogodo Cardarelli de Napoli, maior hospital do Sul da Itália, que há muitos anos utiliza o método do Dr. Stagnaro, de forma auxiliar no departamento de Cardiologia de urgência. A entrevista:

 

Cris Caramel -Como é a utilização da nova disciplina médica no dia a dia?

Mário Siniscalchi  -  Diariamente, chegam sempre vários pacientes com dores no peito no pronto-socorro do hospital  e, na maioria dos casos, não é fácil saber de imediato se trata de um problema de coração ou de outro gênero. Sempre precisamos tomar decisões difíceis em pouco tempo. O nosso hábito é de seguir o protocolo CHEST UNIT: geralmente o paciente que chega fazemos o eletrocardiograma e um exame de sangue (enzimas). Se o resultado for negativo repetimos o procedimento depois de 6h e se também pela segunda vez estes exames derem resultados negativos o protocolo nos manda liberar o paciente.  Estatisticamente, consta-se que entre 2% a 8% destes pacientes ainda estão em risco. Em razão disso, a minha consciência não fica tranquila, logo, não permite a saída dos pacientes do hospital. O que faço diante deste quadro? Eu aplico a cada um deles o método Stagnaro. Se o métododa SBQ me dá um resultado positivo, eu não deixo o paciente sair do ambulatório médico.  O coloco em qualquer lugar, na minha sala, numa cama, nos corredores, mas não libero ele. O dia seguinte eu faço exames mais profundos como a coronariografia, e posso afirmar que na totalidade dos casos o doutor. Sergio Stagnaro acertou e já me permitiu salvar várias vidas humanas.

 

Cris Caramel - O senhor tem como descrever detalhadamente como é feita a visita clínica no paciente de acordo com o metodo Stagnaro ?

Mário Siniscalchi  - Posso explicar o sinal de Caotino, que é útil para diagnosticar se algum paciente está com o perigo de enfarte ou de qualquer cardiopatia. O paciente me ajuda segurando o tambor, a parte circular do estetoscópio, sobre o estômago, enquanto eu com o dedo médio da mão direita faço uma percussão leve seguindo linhas concêntricas e radiais até a grande curvatura do estômago, e com a outra mão pressiono forte em cima da projeção do coração:  se escuto no instante, através do estetoscópio, o reflexo cárdio-gástrico,o paciente está em perigo de vida. Caso contrário, o reflexo aparece fisiologicamente, depois de 16 seg, demonstrando que o paciente está bem”.

 

*Cris Caramel é jornalista, sergipana e mora em Treviso, na Itália
 

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