A geladeira é um item imprescindível em uma residência, mas de custo alto e cada vez mais baixa durabilidade. Já circularam pela internet algumas informações erradas sobre seu funcionamento, que alguns fabricantes trataram de negar com esclarecimentos sobre a realidade. Uma delas diz respeito aos sons de estalos que os aparelhos costumam fazer, a depender das variações da temperatura do ar externamente, como explica o técnico Jorge Luís Souza Santos, da JLG Refrigeração, em Aracaju.

Com 30 anos de experiência na área, ele conversou com F5 News para responder às três perguntas a seguir. Confira.

Acervo pessoal

Jorge Luís Santos - Na maioria das vezes não é preocupante. Se ela estiver refrigerando normalmente, os estalos diários são normais. Quando ela entra em processo de degelo, devido ao choque térmico da resistência quente com gelo, ela estala bem alto. Agora, se ela começar a estalar sem estar refrigerando, aí é preocupante, porque pode ser o motor queimado.

F5 News - Já circularam pela internet avisos de que colocar muitos ímãs na geladeira pode aumentar o consumo de energia dela. Há alguma verdade nisso?

Jorge – Mentira, não existe isso de aumentar consumo, e sim o risco de arranhar o equipamento. Aumenta o consumo se abrir e fechar a porta toda hora. Também se a geladeira estiver instalada perto de alguma fonte de calor ou em local de muita ventilação.

F5 News – O que se pode fazer para a geladeira durar mais? Quais os cuidados são recomendáveis?

Jorge - Hoje não existe cuidado para durar mais, os produto hoje não têm mais qualidade, eles são validados - hoje a geladeira tem uma vida útil de até quatro anos.  Aí ela sozinha fura a tubulação, do nada; aí queima o motor.

Antigamente o motor era enrolado com bobina de cobre e hoje, não, hoje é enrolado com bobina de alumínio, qualquer sobrecarga de energia que tiver, o motor queima. Antigamente, o rolamento que vem dentro do motor era todo de ferro, hoje é de ferro com plástico. Qualquer coisinha, o rolamento esquenta e derrete o plástico, trava o motor. São assim as coisas de hoje.