STF derruba pagamento de adicionais a membros do Ministério Público | F5 News - Sergipe Atualizado

Justiça
STF derruba pagamento de adicionais a membros do Ministério Público
Ação que tramitava há quase 17 anos foi considerada inconstitucional
Brasil e Mundo | Por Agência Brasil 21/11/2023 15h20


O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar trechos de uma norma do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que permitia o pagamento de valores adicionais ao salários de membros do MP.

A ação direta de inconstitucionalidade (ADI) sobre o assunto tramita há quase 17 anos no Supremo, tendo sido proposta pelo governo federal ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. 

Pelas regras questionadas, membros do MP que tenham exercido funções de chefia, direção ou assessoramento teriam direito a receber valores adicionais na remuneração. Outro ponto dava acréscimo de 20% sobre os proventos do procurador ou promotor que tivesse se aposentado no último nível da carreira. 

Ao final, prevaleceu o entendimento do relator, ministro Luís Roberto Barroso, para quem tais penduricalhos são inconstitucionais, por ferirem princípios republicanos e de moralidade na administração pública. 

Ele frisou que emenda constitucional de 1998 estabeleceu o sistema de subsídios para a remuneração de membros do MP, e que tal sistemática exige o pagamento em parcela única, sem o acréscimo de nenhum tipo de vantagem ou adicional. 

Somente são permitidos pagamentos adicionais no caso de verbas indenizatórias, destacou Barroso. Ele foi acompanhado por Cármen Lúcia, Luiz Fux, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Cristiano Zanin. 

Os ministros Alexandre de Moraes, André Mendonça e Nunes Marques também concordaram em derrubar os adicionais, mas divergiram no sentido de preservar as vantagens do tipo pagas em razão de decisões judiciais transitadas em julgado, ou seja, sem a possibilidade de recursos. Os três ficaram vencidos nesse ponto. 

A ADI sobre o tema foi julgada no plenário virtual, em que os ministros do Supremo têm um período para votar de forma remota, sem debate oral. A sessão de julgamentos terminou às 23h59 dessa segunda-feira (20). 

Mais Notícias de Brasil e Mundo
Rovena Rosa/Agência Brasil
26/11/2024  09h29 Tragédia em AL: 'vivemos um luto coletivo', diz moradora 
Breno Esaki/Metrópoles
26/11/2024  09h07 Bolsonaro alega inocência em meio a novos detalhes de inquérito
Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
26/11/2024  08h27 Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio acumulado em R$ 55 milhões
Reprodução Metrópoles
24/11/2024  12h44 General tinha 'roteiro' para deputados bolsonaristas rebaterem 8/1
Reprodução/Guiness Book
24/11/2024  10h30 Guinness Book: mulher mais alta do mundo encontra a mais baixa

F5 News Copyright © 2010-2024 F5 News - Sergipe Atualizado