Pessoas e entidades mostram "A Rio+20 que não queremos"
Brasil e Mundo 21/06/2012 17h51
Um grupo de lideranças e personalidades nacionais e internacionais de diferentes segmentos, entre elas Thomas Lovejoy, Yolanda Kakabadse, Marina Silva, Ricardo Abramovay, Juan Carlos Jintihch, Fabio Feldmann, Ricardo Young, Bill McKibben, entre outros entregarão hoje, 21 de junho, logo após uma coletiva de imprensa no Riocentro, uma mensagem aos chefes de Estado e de Governo.
A mensagem A Rio+20 que não queremos/The Rio+20 we don’t want* é uma resposta ao documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, negociado e encaminhado para adoção aos chefes de Estado e de Governo, que permanecem reunidos no Rio até amanhã, dia 22 de junho, data de encerramento da Rio+20.
Confira a íntegra da mensagem:
*A Rio+20 que não queremos
O Futuro que Queremos não passa pelo documento que carrega este nome, resultante do processo de negociação da Rio+20.
O futuro que queremos tem compromisso e ação, e não só promessas. Tem a urgência necessária para reverter as crises social, ambiental e econômica e não postergação. Tem cooperação e sintonia com a sociedade e seus anseios, e não apenas as cômodas posições de governos.
Nada disso se encontra nos 283 parágrafos do documento oficial que deverá ser o legado desta Conferência. O documento intitulado O Futuro que Queremos é fraco e está muito aquém do espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio-92. Está muito aquém, ainda, da importância e da urgência dos temas abordados, pois simplesmente lançar uma frágil e genérica agenda de futuras negociações não assegura resultados concretos.
A Rio+20 passará para a história como uma Conferência da ONU que ofereceu à sociedade mundial um texto marcado por graves omissões que comprometem a preservação e a capacidade de recuperação socioambiental do planeta, bem como a garantia, às atuais e futuras gerações, de direitos humanos adquiridos.
Por tudo isso, registramos nossa profunda decepção com os chefes de Estado, pois foi sob suas ordens e orientações que trabalharam os negociadores, e esclarecemos que a sociedade civil não compactua nem subscreve esse documento.
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