Inca lança rede de mapeamento genético de doadores de medula óssea | F5 News - Sergipe Atualizado

Inca lança rede de mapeamento genético de doadores de medula óssea
Brasil e Mundo 08/06/2013 19h45


O Centro de Transplante de Medula Óssea (Cemo), do Instituto Nacional do Câncer (Inca) José Alencar Gomes da Silva, lançou a Rede Brasil de Imunogenética (RBI). O mapeamento genético das mais de três milhões de pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) já está disponível no site www.imunogenetica.org para ser usado em campanhas e pesquisas.

O diretor do Cemo, Luis Fernando Bouzas, disse que o mapeamento vai possibilitar a identificação dos grupos genéticos com pouca representação no cadastro. “A gente entendeu que era importante aproveitar as informações que estavam nesse banco de dados para outros benefícios, como organizar e planejar as ações do Redome daqui para diante. Se eu cheguei a 3 milhões de doadores, eu sei como estão distribuídos esses doadores pelo Brasil, eu posso planejar melhor quais são as regiões que estão menos representadas, quais são as características genéticas que menos apareceram nesses 3 milhões de doadores”.

Bouzas destacou ainda a possibilidade de se fazer pesquisas para identificar doença ligadas a características genéticas. “O portal vai ajudar pesquisadores, estudiosos dessa área, a fim de contribuir para a ciência no Brasil. Nós temos em cada um dos blocos genéticos inúmeras possibilidades e combinações, então a gente tem uma dificuldade grande por ser uma população muito miscigenada. Algumas alterações podem estar relacionadas com essas características genéticas. Sabendo qual é a frequência delas podemos ficar mais atentos e monitorar certas regiões”.

De acordo com o Cemo, atualmente, o Redome tem 3.093.847 doadores, o que corresponde a 2,6% da população do país. É o terceiro maior cadastro desse tipo do mundo, atrás dos Estados Unidos, que tem 4% da população registrada, e da Alemanha, com 6%.

O número de transplante de medula óssea de doadores não aparentados no país tem aumentado de 25% a 30% ao ano, saltando de 23 cirurgias, em 2003, para 248 cirurgias, em 2012. Este ano, deve chegar a 320 procedimentos. Com o crescimento do Redome, a chance de encontrar um doador compatível passou de 10% para 70% nos últimos anos.

Para se cadastrar como doador, o voluntário tem que ter entre 18 e 55 anos de idade e boa saúde. Ele só precisa ir ao hemocentro de sua cidade para a coleta de material genético. As informações ficam no banco de dados e são comparadas com as do Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme).

Fonte e foto: Agência Brasil

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