EDITORIAL: Sexismo ou falta do que fazer?
Brasil e Mundo 02/10/2011 13h14
O Brasil está imerso em um grande debate. Não se trata da deficiência crônica no atendimento prestado pela saúde pública, ou nos níveis brasileiros inaceitáveis de apreensão de conhecimento via leitura. O ponto a movimentar a vida nacional é se uma campanha publicitária protagonizada pela top model Gisele Bündchen, vestida apenas com lingerie, expressa uma postura aviltante ao gênero feminino.
Tachada por algumas reclamantes como “sexista” e capaz de promover “o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual”, a campanha teve pedido de suspensão exarado pela Secretaria de Políticas para Mulheres, órgão ligado à Presidência da República, que o enviou ao Conar, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária. Agora, o órgão está julgando se é cabível retirar a campanha do ar.
Mais inapropriado que o Governo Federal se ocupe de exterminar o humor da propaganda brasileira – que a faz amealhar alguns dos prêmios internacionais mais importantes na área -, a reflexão deveria ser sobre o padrão do “politicamente correto”, que vem beirando as raias do exagero. Na esfera da educação, por exemplo, chega-se a cogitar alterações em cantigas tradicionais, de modo a impedir o cravo de brigar com a rosa – um absurdo na mais pura acepção da palavra.
Enquanto isso, pessoas morrem nas filas dos hospitais, antes de conseguir atendimento; a Previdência Social implode; os parâmetros da educação pública permanecem sofríveis. E muitas mulheres continuam apanhando dos companheiros ou sendo assassinadas por eles – usem roupa íntima da Hope ou não.
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