EDITORIAL: As lições da doença de Lula
Brasil e Mundo 30/10/2011 22h10
O anúncio, no sábado passado, de que foi diagnosticado um tumor cancerígeno na laringe do ex-presidente Lula Silva ensejou que políticos da situação e da oposição externassem em peso sua solidariedade, pessoalmente ou por intermédio de redes sociais.
É o retrato de uma solidariedade sempre válida e bela, sobretudo por transcender matizes ideológicas e voltando-se simplesmente ao desejo de bem estar do outro. No entanto, os sentimentos da população a esse respeito parecem ambíguos. Se de um lado gente de norte a sul, leste a oeste do país, vem se manifestando pela rápida recuperação do ex-presidente, por outro, as redes sociais já foram invadidas por uma campanha sugerindo a ele que se trate no âmbito do SUS.
Essa reação levou o colunista da Folha Gilberto Dilmenstein a questionar a interatividade democrática da internet, classificando-a, no caso em questão, como “uma porta direta com o esgoto de ressentimento e da ignorância”.
O fato é que essa campanha - exercício do espírito crítico e irônico comum ao povo brasileiro - atesta a insatisfação generalizada com o quadro da saúde pública no país. É sobre esse quadro, de pessoas morrendo às portas dos hospitais, que a imprensa precisa se debruçar com total empenho, denunciando os desmandos e cobrando providências.
Saúde ao ex-presidente Lula, sim, mas também ao povo simples cuja sobrevivência, tantas vezes, depende de ações efetivas por parte do serviço público.
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