CNBB manifesta posição contrária à decisão do STF | F5 News - Sergipe Atualizado

CNBB manifesta posição contrária à decisão do STF
Brasil e Mundo 13/04/2012 15h09


Após dois dias de apreciação sobre a legalidade do aborto de fetos anencéfalos, o Supremo Tribunal Federal (STF), foi favorável à legalização do ato, também chamado de antecipação terapêutica do parto. Diante da decisão, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota lamentando o parecer, por considerar que tal prática é “descartar um ser humano frágil e indefeso".

De acordo com o documento expedido pela CNBB, apenas o Congresso Nacional pode legislar, com isso, não é atribuição do STF modificar a lei penal legalizando o aborto. “Com esta decisão, a Suprema Corte parece não ter levado em conta a prerrogativa do Congresso Nacional cuja responsabilidade última é legislar.”

Na nota, foram mencionados os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação, como reza o artigo 5° (caput; 1°, III e 3°, IV) da Constituição Federal. No entanto, para a maioria dos ministros – oito manifestações favoráveis e duas contra –, não há aborto no caso dos anencéfalos. Os magistrados entendem que não há vida em potencial, baseados na convicção que o feto anencéfalo é um natimorto biológico.

Entretanto, a CNBB tem posição contrária ao entendimento da corte. “Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções. Os fetos anencefálicos, como todos os seres inocentes e frágeis, não podem ser descartados e nem ter seus direitos fundamentais vilipendiados!”, afirma o documento.

Na conclusão da nota, a CNBB afirma que “ao defender o direito à vida dos anencefálicos, a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos teológicos éticos, científicos e jurídicos.” Tal juízo, dá subsídio ao princípio de que também é um dever da Igreja “a participação efetiva na defesa e na promoção da dignidade e liberdade humanas”, o que exclui argumentos que afirmam se tratar de intervenção da religião no Estado laico.

 

Fonte: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Mais Notícias de Brasil e Mundo
Arquivo Agência Brasil
23/11/2024  16h40 TSE Unificado: divulgados horários das provas em 8 de dezembro
Concurso será realizado nas 27 capitais brasileiras
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
23/11/2024  09h46 Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 18 milhões
Sorteio será realizado às 20h, horário de Brasília, em São Paulo
 Divulgação/ID
21/11/2024  15h57 Decisão sobre liberdade dos irmãos Menendez é adiada: entenda
Eleição para promotor na Califórnia adiou a decisão sobre clemência para os irmãos
Arte Agência Brasil
21/11/2024  07h32 MGI anuncia o adiamento da divulgação do resultado final do CNU
Um novo cronograma será divulgado nesta quinta-feira (21)
 Ricardo Stuckert/PR
20/11/2024  15h24 Presidentes do Brasil e da China assinam 37 acordos bilaterais
Cerimônia ocorreu durante visita de Estado do líder chinês em Brasília

F5 News Copyright © 2010-2024 F5 News - Sergipe Atualizado