José Augusto: “A missão que me foi passada é atrair empresas para nosso estado”
Confira entrevista com o novo titular da Sedetec Blogs e Colunas | Marcio Rocha 08/02/2017 14h09 - Atualizado em 08/02/2017 14h11O novo titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedetec), José Augusto Pereira de Carvalho, dá entrevista para o Portal F5 News. Com uma carreira trilhada pelos caminhos do desenvolvimento econômico, também pela cátedra, o secretário chega trazendo ideias para captação de recursos e atrair empresas para nosso estado. José Augusto identifica Sergipe como um estado que apresenta potencialidades econômicas que o valorizam como um local atrativo para a realização de investimentos, que culminarão na geração de emprego e renda para a população sergipana.
F5 News – O senhor assume a Sedetec com um currículo acadêmico e profissional plenamente afeito à área de tecnologia e desenvolvimento econômico. O fato de ser um técnico, sem nenhuma passagem pela esfera política, pode ter que repercussões em seu trabalho?
José Augusto – Acho que não. A missão que me foi passada é atrair empresas para o nosso estado, facilitar sua integração com a economia local e gerar empregos. Outra missão importante é desenvolver grupos para atuar na área tecnológica, lembrando que nosso parque tecnológico - SergipeTec está em funcionamento.
F5 – Sergipe está vivendo um momento de crise econômica, sendo impactado severamente no mercado de trabalho e na produção industrial. Há como antecipar algumas medidas para tentar dar início à reversão desse quadro?
JA – Uma das funções de SEDETEC é atrair empresas para investir no estado, e isto tem uma ligação direta com a geração de empregos. Ao mesmo tempo que a crise gera dificuldades, Sergipe oferece várias vantagens, como sua posição geográfica e uma legislação de incentivos bastante competitiva. As empresas que vierem para o nosso estado agora, estarão muito bem posicionadas quando esta crise atenuar.
F5 – De um estado com vocação quase que exclusivamente agrícola no passado, Sergipe tem conquistado avanços no campo do desenvolvimento tecnológico. Algumas de suas observações e experiências na área de tecnologia poderiam ser diretamente replicadas aqui?
JA – Sim, no médio prazo a integração entra as Universidades locais com o SergipeTec e o apoio da Fapitec às pesquisas que tenham ligação com nossa economia, podem ser um diferencial interessante
F5 – Há como identificar previamente alguns gargalos para o crescimento de Sergipe como pólo industrial? Infraestrutura, por exemplo, notoriamente um problema, demandaria que providências a curto prazo?
JA – Sergipe possui alguns atrativos, como por exemplo a localização geográfica, praticamente equidistante de dois grandes centros como Salvador e Recife. Possuímos uma malha rodoviária muito boa, uma empresa de gás que pode ser decisiva no caso de empresas que demandam este tipo de energia. Incrementar o porto pode se mostrar uma opção importante, vamos estudar este assunto com carinho.
F5 – Num momento em que só se fala em contenção de gastos por parte do Governo Federal, e a iniciativa privada praticamente luta para sobreviver, como atrair investimentos para Sergipe?
JÁ – Como falei acima, mostrando nossos atrativos. Lembro que depois da tempestade vem a bonança, e esta crise atual vai acabar. Quem desejar aproveitar o novo ciclo de progresso que há de vir, deve começar a investir agora. Lembro que vir para Sergipe é uma excelente oportunidade para reduzir custos.
F5 – Em esfera internacional, que atrativos podem ser colocados de modo a interessar ao capital estrangeiro que injete recursos de seus projetos em Sergipe?
JÁ – Quando uma empresa internacional decide investir no Brasil, Sergipe apresenta um conjunto de atrativos: um bom ambiente de negócios, uma infraestrutura adequada, um povo trabalhador, e uma mão de obra que é sempre elogiada pelas empresas que já se instalaram aqui.
F5 – Um dos principais problemas do Brasil – e Sergipe não foge à regra – é a diminuição do mercado de trabalho. No setor industrial, a crescente mecanização aparentemente não contribui para minimizar essa chaga social em grande escala. Como gerar empregos nesse panorama?
JA – Alguns setores industriais ainda demandam grande volume de mão de obra, e obviamente estas empresas são muito bem-vindas aqui, principalmente no interior do estado, onde existe esta disponibilidade. No médio prazo temos que pensar na qualificação de nossa mão de obra para atender às exigências que certamente virão.
F5 – O governador Jackson Barreto disse que o senhor é um homem com total capacidade técnica e credibilidade no setor produtivo em Sergipe e no Brasil. Como avalia essa declaração de confiança?
JA – Como um voto de confiança. Além disso o governador foi muito claro e objetivo no que ele espera da Secretaria, e estamos comprometidos a trabalhar seriamente pelo nosso estado.
F5 – O senhor foi indicado pelo deputado federal Laércio Oliveira, cujo mandato tem como alicerce o desenvolvimento econômico e a resultante geração de empregos. Essa “dobradinha” entre o senhor e ele pode favorecer o trabalho da Sedetec diretamente? Em que aspectos?
JA – Comungamos das mesmas ideias, e é este o motivo que nos une.
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Marcio Rocha é jornalista formado pela UNIT, radialista formado pela UFS e economista formado pela Estácio, especialista em jornalismo econômico e empresarial, especialista em Empreendedorismo pela Universitat de Barcelona, MBA em Assessoria Executiva pela Uninter, com experiência de 23 anos na comunicação sergipana, em rádio, impresso, televisão, online e assessoria de imprensa.
E-mail: jornalistamarciorocha@live.com
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