Greve dos caminhoneiros deixa varejo de Aracaju com baixo estoque
Blogs e Colunas | Marcio Rocha 25/06/2018 17h42A greve dos caminhoneiros, em maio, ainda mostra reflexos no abastecimento de produtos no varejo, de acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No início de junho, comerciantes de 17 estados do País apontaram que seus estoques estavam abaixo do considerado ideal. A pesquisa mostra que, duas semanas após a crise de desabastecimento, 15,2% dos varejistas brasileiros ainda consideram que o nível dos seus estoques está aquém do adequado. Nos três meses anteriores à paralisação, esse percentual foi, em média, de 13,8%.
Segundo cálculos da CNC, entre os dias 21 de maio e 4 de junho, somente nos segmentos de supermercados (R$ 2,8 bilhões) e de combustíveis (R$ 2,4 bilhões), o varejo perdeu R$ 5,2 bilhões em cinco estados: São Paulo (R$ 2,6 bilhões); Minas Gerais (R$ 700 milhões); Rio de Janeiro (R$ 628 milhões); Bahia (R$ 596 milhões); Paraná (R$ 547 milhões); e Distrito Federal (R$ 155 milhões).
A sensação de desabastecimento é mais forte no comércio de bens duráveis, no qual 17,2% dos entrevistados relataram níveis baixos dos estoques nas lojas, contra 15,4% na média do trimestre anterior às paralisações. Já no comércio de bens não duráveis, 11,8% dos entrevistados apontaram que os estoques estavam abaixo do considerado adequado, contra 11,2% na média do trimestre anterior.
Em termos regionais, o desabastecimento de bens duráveis foi maior em Florianópolis (SC), onde 28,2% dos comerciantes apontaram estoques abaixo do ideal no período; Curitiba (PR), com 23,5%; Palmas (TO), com 22,3%; e Boa Vista (RR), com 19%. Já no comércio de bens não duráveis, os comerciantes que estão sentindo mais os estoques baixos estão em Natal (RN), onde 16,4% deles apontaram abastecimento abaixo do ideal; Belém (PA) e Cuiabá (MT), com 12,3%; e Aracaju (SE), onde 11,5% dos entrevistados relataram baixo estoque.
Cadastro positivo pode ajudar a reduzir juros do crédito
Um dia após a decisão do Copom do Banco Central de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% ao ano, especialistas e representantes do setor produtivo ouvidos pela Agência Brasil avaliam que a inadimplência impede que a redução do crédito chegue até o consumidor e que a adoção do cadastro positivo é importante para isso possa acontecer. A inadimplência sempre gera incerteza para o sistema financeiro e isso tudo aumenta o risco, bem como o preço das operações de crédito. O que leva os bancos a não reduzirem os juros para o consumidor. O governo e o Congresso poderiam aprovar o cadastro positivo e isso daria um pouco mais de segurança às operações de crédito, pois o cadastro positivo favorece aquelas pessoas que pagam em dia.
Lucro de cinco estatais cresceu 44,8% no primeiro trimestre
Detentores de 90% do total de ativos do setor, os cinco maiores grupos das empresas estatais (Petrobras, Eletrobrás, BNDES, Banco do Brasil e Caixa) apresentaram lucro de R$ 15,1 bilhões nos primeiros três meses de 2018, com alta de 44,8% sobre os R$ 10,4 bilhões observados no mesmo período de 2017. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Planejamento. Segundo a pasta, o resultado das empresas continua evoluindo positivamente, graças aos esforços para a melhoria da governança e reestruturação das empresas. Entre os grupos analisados, o maior crescimento verificado foi com a Petrobras, que saiu de um lucro de R$ 4,8 bilhões, no primeiro trimestre de 2017, para um montante de R$ 7,1 bilhões no primeiro trimestre de 2018.
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Marcio Rocha é jornalista formado pela UNIT, radialista formado pela UFS e economista formado pela Estácio, especialista em jornalismo econômico e empresarial, especialista em Empreendedorismo pela Universitat de Barcelona, MBA em Assessoria Executiva pela Uninter, com experiência de 23 anos na comunicação sergipana, em rádio, impresso, televisão, online e assessoria de imprensa.
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