Governador de Alagoas mostra inteligência ao reduzir impostos
Blogs e Colunas | Marcio Rocha 28/11/2016 13h01
O governador do estado de Alagoas, Renan Filho (PMDB) mostra que está focado em aumentar a arrecadação do estado por meio da diminuição de impostos para as empresas e, consequentemente para o consumidor final dos produtos vendidos no comércio alagoano. Seu objetivo é aumentar a receita e diminuir as despesas do Estado, com medidas administrativas que focam na redução tributária.
Em reunião com empresários, Renan Filho anunciou que impostos estaduais deverão ser reduzidos, a exemplo do IPVA. O governo alagoano está buscando as condições para reduzir os impostos estaduais, visando o aumento das vendas do comércio e ganhar na arrecadação com volume de vendas, não com alíquotas aplicadas.
O caminho de Renan poderia ser trilhado por Jackson Barreto aqui em Sergipe, pois a aposta é válida. Bastava um decreto ou portaria da Secretaria da Fazenda, reduzindo os impostos locais. A redução dos impostos desestimula a sonegação fiscal, um dos grandes vilões das contas públicas, e também estimula o recolhimento espontâneo de tributos, aumentando o volume arrecadativo.
Redução de impostos e menor carga tributária promove a venda de produtos a preços mais baixos, levando à recuperação da retomada das vendas, promovendo o crescimento da atividade econômica, com aumento de arrecadação, do crescimento das empresas e da redução do desemprego. De fato, o que Sergipe precisa hoje, com urgência.
Cada real que se “perde” com a redução de alíquotas retorna em volume de vendas. O exemplo prático foi a redução do IPI sobre veículos e eletros, que promoveu um grande salto em suas vendas. Ou seja, o real perdido se potencializou e voltou para os cofres públicos de várias maneiras promovidas pelas vendas aumentadas com a maior demanda.
Crítica
Laércio Oliveira (SD-SE) é o deputado federal relator do projeto de lei que institui a criação do trabalho intermitente como nova modalidade empregatícia no Brasil. Durante o Seminário Jurídico do Turismo, promovido pela CNC ontem, em Brasília, o político apresentou seu projeto durante um painel e atacou o atual modelo trabalhista vigente no Brasil. “Eu sou um empresário do setor de serviços, eu tinha no ano passado 5 mil funcionários, hoje tenho 4,1 mil. Nenhum empresário gosta de demitir, porque é um custo muito alto”, afirmou o deputado. “Estou muito preocupado com o estoque de desemprego no Brasil. Acho que como legislador eu preciso ajudar meu País a superar esse momento difícil”. Ao comentar as ações possíveis do governo para encaminhar mudanças nas legislações trabalhistas, Laércio Oliveira revelou ser “radicalmente contra a CLT e radicalmente contra as centrais sindicais”. “Elas não têm legitimidade para representar os trabalhadores. Quem tem essa legitimidade são os sindicatos laborais”, explicou, arrancando aplausos da plateia, formada principalmente por atores de sindicatos patronais.
Shoppings perdem público
A matéria especial do Valor Econômico sobre o setor de shopping-centers revela que os shoppings cresceram mais do que o varejo pode acompanhar.
De acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), em períodos normais, a média de vacância nos centros de compras era de 2,5% a 3%, mas hoje supera os 7% nos empreendimentos tradicionais, e nos malls inaugurados após 2012 pode chegar a 45%. Já o fluxo de público registrou queda de 3,5% em outubro em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se do quarto mês de queda consecutiva, segundo o Ibope, o que representa menos 8,8 milhões de visitas aos shoppings do País durante o último mês. Na visão de Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, o processo passa pela revisão dos conceitos de composição de mix de produtos, tipo de atratividade, análise do novo jeito de consumir e, ainda, pelo estreitamento da relação da indústria com o consumidor final.
Consumidores migram para os atacarejos
O atacado que atende o consumidor final, conhecido como atacarejo, ultrapassou, pela primeira vez na história do setor, o segmento de supermercados em termos de taxa de participação nas compras dos lares brasileiros, segundo dados da empresa de pesquisas Nielsen. Isso indica que, como reflexo da atual crise no consumo, há mais brasileiros frequentando os atacados - com preços em média 15% inferiores aos praticados pelo varejo - do que os supermercados dos mais diversos tamanhos. Pelos cálculos da empresa, 400 mil brasileiros migraram dos supermercados para os hipermercados neste ano, de janeiro a setembro, e 1 milhão de consumidores dos hipermercados passaram a frequentar de forma regular os atacarejos. Os dados foram apresentados em evento promovido pela Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço (Abaas), que reúne nove redes, como o Atacadão (que pertence ao Carrefour), Assaí (do Grupo Pão de Açúcar) e Makro.
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Marcio Rocha é jornalista formado pela UNIT, radialista formado pela UFS e economista formado pela Estácio, especialista em jornalismo econômico e empresarial, especialista em Empreendedorismo pela Universitat de Barcelona, MBA em Assessoria Executiva pela Uninter, com experiência de 23 anos na comunicação sergipana, em rádio, impresso, televisão, online e assessoria de imprensa.
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