DESO poderá ser privatizada
Clima entre funcionários é de apreensão Blogs e Colunas | Marcio Rocha 10/11/2016 13h07DESO poderá ser privatizada
Deu no jornal O Globo: 18 estados aderiram ao programa de concessão dos serviços de saneamento promovido pelo BNDES. Todos os estados do Nordeste, seis estados da região Norte (somente Roraima ficou fora), aderiram ao programa.
OS governadores dos estados estão conversando com o BNDES sobre o assunto. Em Sergipe, a Deso entra no programa, que versa sobre a venda das empresas públicas de abastecimento. No final de março, a Agência Reguladora de Serviços Públicos (AGRESE) havia emitido uma portaria informando a permissão de negociação.
O clima entre os funcionários da Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO) é de apreensão, pois com essa adesão ao programa, a possibilidade de privatização da empresa está cada vez mais próxima. Alguns funcionários conversaram na manhã de hoje com a coluna e manifestaram sua preocupação.
CNC prevê queda no faturamento do varejo
O varejo brasileiro deve apresentar em 2016 um dos piores resultados históricos. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou a projeção para o faturamento anual do comércio de -5,4% para -6,0% no varejo restrito.
A revisão da projeção foi feita após a queda de 1,0% nas vendas do comércio em setembro, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje pelo IBGE. Segundo a pesquisa, os destaques foram as quedas nos setores de móveis e eletrodomésticos (-2,1%), super e hipermercados (-1,5%) e tecidos, vestuários e calçados (-0,7%).
"A manutenção do cenário desfavorável para o mercado de trabalho, com aumento do desemprego e queda da renda, além da manutenção de um nível mais elevado do custo do crédito, proveniente da elevação da taxa real de juros, ainda vem impactando negativamente o volume de vendas do varejo”, afirmou o economista da CNC Bruno Fernandes.
Para o varejo ampliado, que inclui os setores de materiais de construção e automóveis, a previsão para 2016 é de queda de -9,0% no faturamento.
Redução dos combustíveis pode amenizar inflação
A redução do preço dos combustíveis, anunciada pela Petrobras na última terça-feira, vai contribuir para esfriar a inflação neste fim de ano, como mostra reportagem do jornal Correio Braziliense. Se, por um lado, a alta do etanol tem pressionado o preço da gasolina, por outro, o corte de 3,1% no preço do derivado de petróleo ajudará a segurar os custos de transporte, classe de despesas que mais subiu em outubro, com alta de 0,75%. Apesar desse impulso, o IPCA teve alta de 0,26% no mês passado, a menor para o período desde 2000, informou ontem o IBGE.
O economista-chefe da MacroAgro Consultoria Econômica, Carlos Thadeu Gomes Filho, avaliou que o efeito da redução da gasolina será mitigado pela alta do etanol, mas também pelo recuo nas vendas de combustíveis. "Os varejistas devem repor um pouco de margem em decorrência dessa queda. Mas não fosse pela Petrobras, os preços poderiam até subir", avaliou ele, que prevê estabilidade nas despesas com gasolina. A expectativa de alívio nos gastos com transporte leva em conta também a redução dos preços do óleo diesel, destacou Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Segundo a Petrobras, se o corte for integralmente repassado ao consumidor, o valor do produto pode cair 6,6%, ou RS 0,20 por litro, ajudando a inflação a fechar 2016 abaixo dos 7%. Como o grosso do transporte de mercadorias no País é feito por caminhões movidos a diesel, o custo dos fretes pode diminuir, com efeito positivo sobre toda a cadeia de consumo, disse Bentes.
Governo lança programa para ajudar reforma de casas
O presidente Michel Temer lançou ontem, em cerimônia no Palácio do Planalto, o Cartão Reforma. O programa concederá créditos para que famílias, cuja renda máxima seja de R$ 1.800 mensais, possam comprar material de construção e reformar suas casas, com mão de obra própria. O governo explicou que 15% do orçamento do programa para 2017, que é de R$ 500 milhões, irão para estados e municípios a fim de fazer vistoria, orientar e acompanhar as obras. — É mais uma demonstração de que, se de um lado temos a tese da responsabilidade fiscal, nós temos uma outra vertente, que é a responsabilidade social. Estamos a prestigiar aqueles mais carentes — afirmou Temer, aproveitando a oportunidade para cobrar que os senadores presentes à cerimônia aprovem a proposta de emenda constitucional (PEC) 241, que impõe um teto aos gastos públicos para os próximos 20 anos. Famílias com pessoas com deficiências e idosos terão prioridade na fila de atendimento.
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Marcio Rocha é jornalista formado pela UNIT, radialista formado pela UFS e economista formado pela Estácio, especialista em jornalismo econômico e empresarial, especialista em Empreendedorismo pela Universitat de Barcelona, MBA em Assessoria Executiva pela Uninter, com experiência de 23 anos na comunicação sergipana, em rádio, impresso, televisão, online e assessoria de imprensa.
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